As indústrias aumentaram o seu faturamento em abril. Segundo dados divulgados pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), o crescimento foi de 4,3% em abril, na comparação com março.
Se comparado a abril de 2010, o indicador expandiu 4,9%. Nos quatro primeiros meses desse ano, a expansão do faturamento foi de 6,5%.
A capacidade instalada nas indústrias, por sua vez, apresentou queda de 0,4 ponto percentual e fechou o mês de abril em 82%.
A criação de empregos na indústria apresentou queda de 0,1% em abril. Comparado com o mesmo mês do ano passado, esse indicador apresentou alta de 2,8%. Nos quatro primeiros meses de 2011, o emprego cresceu 3,7%.
Em abril, a massa salarial do setor industrial teve recuo de 3,5%. De acordo com a CNI, essa foi a maior queda para os meses de abril desde 2006.
O rendimento do trabalhador apresentou queda de 4% em abril. De janeiro a abril, porém, a expansão foi de 2% frente ao mesmo período do ano anterior.
Alta da inflação reduz massa salarial
A mesma pesquisa da CNI apona que a alta da inflação acima do teto da meta inflacionária (o acumulado anual foi de 6,55% em maio) afetou significativamente a massa salarial e o rendimento médio reais dos trabalhadores da indústria em abril.
Enquanto a massa salarial teve redução de 3,5% na comparação com março, o rendimento diminuiu 4% no período, segundo dados sem ajustes sazonais.
Segundo a CNI, os indicadores de produção, contudo, apresentaram sinais diferenciados, afetados ainda pelo calendário atípico, com o feriadão do Carnaval em março. O faturamento real subiu 4,3% em abril sobre março, enquanto as horas trabalhadas aumentaram 1,5% e o emprego manteve-se praticamente estável, com declínio de 0,1%.
O levantamento indica ainda que a indústria operou em abril, em média, com 82% da UCI (utilização da capacidade instalada), queda de 0,4 ponto percentual ante março. Foi o segundo recuo consecutivo da UCI, que atingiu em abril o menor patamar desde fevereiro de 2010.
A inflação, que recuou em maio comparativamente a abril, registrando alta de 0,47%, contra 0,77% no mês anterior, foi o principal fator que corroeu a massa salarial e o rendimento médio real do trabalhador na indústria.
