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Setor espera produzir e contratar mais em 2011

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O bom humor dos empresários sobre a situação atual de seus negócios e um otimismo quanto ao mercado de trabalho nos próximos meses ajudou a formar o aumento de 1,6% no ICI (Índice de Confiança da Indústria) de dezembro, anunciado ontem pela FGV (Fundação Getúlio Vargas).
Com isso, o indicador avançou 4,3%, totalizando 126 pontos, bem acima da média do ano (123,4). A média do indicador no último trimestre (113,7 pontos) supera a do terceiro (113,3 pontos), mas fica abaixo do primeiro e segundo trimestres.
O índice foi calculado a partir de dados obtidos em entrevistas com 1.196 empresas em dezembro. Segundo a fundação, a pergunta que avalia o grau de satisfação com o ambiente atual dos negócios, que há dois meses contava com respostas negativas, melhorou em dezembro. Este foi o quesito que mais contribuiu para o desempenho positivo do ISA (Índice de Situação Atual), um dos dois subindicadores componentes do ICI e que subiu 1,3% em dezembro. Isso porque a fatia de empresas pesquisadas que avaliam a situação atual dos negócios como fraca diminuiu consideravelmente de novembro para dezembro, de 13,0% para 4,7%.

Nível de emprego

Nas respostas sobre o futuro, a fundação informou que as expectativas dos empresários industriais para os meses seguintes se tornaram mais otimistas em relação ao nível de emprego. Do total de empresas consultadas, o percentual de companhias que preveem ampliar o contingente de mão de obra no trimestre dezembro/janeiro/fevereiro saltou de 28,6% para 31,0%. No mesmo período, a parcela de empresas entrevistadas que pretendem diminuir o contingente de pessoal ocupado, no mesmo período, caiu de 7,8% para 5,7%.
Os números apontam para a continuação da queda no desemprego no país. Nas seis principais regiões metropolitanas pesquisadas, a taxa ficou em 5,7% em novembro, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), atingindo o menor patamar contabilizado desde março de 2002, quando teve início a nova série histórica do órgão.
Ainda de acordo com a FGV, o Nuci (Nível de Utilização de Capacidade Instalada) da indústria com ajuste sazonal avançou em dezembro, e mostrou patamar de 84,9% este mês, após registrar nível menos elevado, de 84,5%, em novembro. Segundo a fundação, o desempenho de dezembro foi o maior em dois meses, e acima do apurado em dezembro do ano passado (83,8%).
Na série de dados sem ajuste sazonal, o nível de uso de capacidade em dezembro foi de 85,3%, patamar inferior ao apurado em novembro, quando atingiu 86,1%, nesta mesma série.
Segundo a Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação de dezembro, a maioria dos empresários da indústria brasileira pretende aumentar o Nuci nos próximos seis meses. Neste mês, a FGV incluiu uma pergunta sobre a tendência para os próximos seis meses e sobre se os empresários pretendiam elevar a capacidade produtiva neste mesmo cenário.
De acordo com a pesquisa da FGV, 55% dos industriais responderam que desejam ampliar muito ou pouco o Nuci no primeiro semestre de 2011. Para 51% dos empresários da indústria de transformação, também será necessário investir na elevação da capacidade produtiva no primeiro semestre de 2011.

Construção civil é a mais otimista

Entre os setores nos quais a FGV divide a indústria de transformação para realizar a pesquisa sobre o Nuci, o mais otimista é o de material de construção. Neste setor, 86% preveem expandir o Nuci nos próximos seis meses e 72% pretendem investir no aumento de sua capacidade produtiva.
Em seguida, aparece o segmento de bens intermediários, para o qual 65% dos industriais esperam crescimento do Nuci e 60% responderam que investirão na capacidade produtiva no primeiro semestre. No setor de bens de consumo duráveis e não duráveis, 50% devem elevar o Nuci nos próximos seis meses e 52% querem investir na capacidade produtiva.

Bens de capital

O segmento industrial mais pessimista dentre os ouvidos pela FGV é o de bens de capital, uma vez que a maioria dos entrevistados prevê estabilidade no Nuci e na capacidade produtiva no primeiro semestre. Do total, 36% responderam que o Nuci deve aumentar nos próximos seis meses. Em relação a investimentos para aumentar a capacidade produtiva, 36% responderam que vão investir e 58% afirmaram que deve ficar estável.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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