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Setor eletroeletrônico fecha com decréscimo de 20%

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O setor eletroeletrônico amargou uma perda de 20% em faturamento nos primeiros sete meses deste ano num quadro comparativo ao mesmo intervalo de 2006 ao atingir um montante de R$ 12,33 bilhões em sua receita de vendas, número inferior à cifra de R$ 15,45 bilhões obtida no mesmo intervalo do ano passado.

Em conseqüência desse resultado negativo houve uma diminuição de 5.938 empregos diretos nesse segmento, resultando num número de 45,34 mil trabalhadores registrado até julho, ante o total de 51,28 mil postos de trabalhos gerados no mesmo intervalo do ano passado.
Esses dados constam nos indicadores econômicos mais recentes da Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus), que também revelaram uma queda de 6,01% no número de empregos gerados em todas as fábricas do PIM (Pólo Industrial de Manaus) nos primeiros sete meses do ano. Em julho do ano passado foram gerados 99,68 mil postos de trabalhos nas indústrias locais, enquanto no mesmo intervalo deste ano esse número caiu para 94 mil.
Desde janeiro, o segmento eletroeletrônico vem apresentando queda, que em julho atingiu a uma retração de 11,5%, ante o mesmo intervalo de 2006.

Segundo o presidente do Sinaees (Sindicato da Indústria de Aparelhos Elétricos Eletrônicos e Similares de Manaus), Wilson Périco, o Pólo Industrial de Manaus, neste ano, sofreu uma forte concorrência com os produtos importados, o que tem prejudicado principalmente os segmentos de DVD e rádio.
“Houve um aumento expressivo de produtos importados em 2007, como no caso dos aparelhos de rádio e do DVD, produto que as importações apresentaram uma elevação de 60%”, disse Périco.

Guerra fiscal agrava negócios

No caso dos rádios e aparelhos reprodutores e gravadores de áudio (não portátil) a retração foi mais acentuada, atingindo a 27,83% ao totalizar o montante de 496,39 mil unidades.

Wilson Périco também apontou a guerra fiscal existente entre os Estados, como um grande problema ao desenvolvimento do PIM, que hoje enfrenta uma desvantagem de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), em relação a São Paulo, em segmentos como monitores de informática e telefonia celular. “Essa desvantagem também estimulou a queda no segmento de eletroeletrônicos, como ocorreu no caso dos monitores locais, que perderam mercado por causa disso”, informou.

O presidente da Fieam (Federação da Indústria do Estado do Amazonas), José Nasser, compartilha da mesma opinião. Segundo ele, a guerra fiscal tem sido o principal entrave ao desenvolvimento econômico das indústrias locais. “Só o Amazonas tem o direito de conceder incentivos em imposto estadual, mas hoje há outros Estados brasileiros , principalmente São Paulo, infringindo esse nosso direito e isso tem nos prejudicado bastante”, frisou.

O representante do setor industrial confia que a justiça irá corrigir o abuso de legalidade da atual guerra fiscal, contra o Amazonas. “Já vencemos uma Adin (Ação Direta de Inconstitucionalidade) contra o Paraná na questão dos monitores e deveremos obter ações positivas na Justiça com a ação judicial que impetramos contra os benefícios ficais, concedidos pelo Estado de São Paulo”, disse José Nasser.

O dirigente industrial também sustenta perspectivas positivas para o desempenho comercial do pólo de Manaus nos próximos meses, que após registrar um declínio de 3,53% ao atingir uma receita de vendas de R$ 23,47 bilhões no primeiro semestre do ano, ante a cifra no valor de R$ 24,33 bilhões em vendas realizadas nos mesmos meses de 2006, apresentou uma melhora de 4,5% ao totalizar R$ 30,57 bilhões em vendas feitas até julho, ante os R$ 29,26 bilhões em comercialização realizada nos mesmos meses do ano passado.
O representante do Sinaees, Wilson Périco, também citou que a queda na produção de televisores com tela convencional, registrada neste ano, também contribuiu de forma significativa ao declínio no setor eletroeletrônico. “No ano passado houve a realização do evento Copa do Mundo e isso esti

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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