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Setor desacelera em março no AM

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Depois de registrar por dois meses consecutivos altas de 15,8%, seguindo tendência nacional, a atividade no setor de serviços no Amazonas desacelerou no mês de março, apresentando um desempenho de 10,6% sobre igual mês do ano anterior. Apesar da queda de cinco pontos percentuais, o desempenho do Estado foi o sexto melhor do país no terceiro mês de 2014, ficando inclusive acima da média nacional, que foi de 6,8% no mesmo período, segundo a Pesquisa Mensal de Serviços, divulgada ontem (20) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
No acumulado do primeiro trimestre, o setor terciário também apresentou saldo positivo no Amazonas: 14%. Já nos últimos 12 meses, o saldo positivo é de 12%. Ambos os resultados superam a média de crescimento nacional, que registrou 8,7% nas duas comparações.
A presidente da Abrasel (Associação de Bares e Restaurantes do Amazonas), Janete Fernandes confirma os números do IBGE. “Eu senti essa queda no meu restaurante. O mês de março foi pior que fevereiro, que tem só 28 dias”, lamentou.
Na opinião da empresária, a situação econômica do país e a sazonalidade podem ter influenciado no desaquecimento do setor no mês de março.
“A inflação é um dos motivos. Os consumidores estão com medo de gastar. Em março temos ainda os reflexos dos gastos do mês de fevereiro que temos volta às aulas, material escolar e IPTU. Eu sinto os consumidores muito receosos”, avalia Janete.
Mesmo com a promessa de grandes ganhos durante a Copa do Mundo, que começa no próximo mês, ela afirma que a Abrasel mantém expectativas modestas em relação ao crescimento do setor de bares e restaurantes na capital amazonense durante o Mundial.
“A gente espera que no mês de junho tenhamos um crescimento de, no máximo, 20%. Não é muito, pois se hoje vendemos 100, (em junho) vamos vender no máximo 120. Não estou falando em 20% de liquidez, é um aumento de receita. O lucro nesse período deve girar em torno de 10%. É muito pouco”, prevê.

Turismo
De acordo do José Roberto Tadros, presidente da Fecomércio Amazonas (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Amazonas) os setores de turismo e hotelaria também foram prejudicados. Ele acrescenta ainda que esta redução já vinha sendo sentida antes mesmo do mês de março, devido à imagem negativa que o país ganhou no exterior nos últimos meses.
“A gente já vem sentindo essa redução há algum tempo. A partir de um primeiro momento houve uma euforia com a Copa do Mundo, mas depois começaram a sair propagandas desastrosas com relação ao Brasil. Tanto que São Paulo teve 60% das reservas canceladas”, ressaltou.
Apesar disso, Tadros prevê uma recuperação do setor nos próximos meses, alavancado, ainda que provisoriamente, justamente por conta do torneio da FIFA.
‘A queda é natural, é normal, mas a tendência é de crescimento dentro da Copa do Mundo. Alavanca em caráter provisório. Os investimentos em hotéis, equipamentos e imóveis são muito altos e só são feitos com uma visão de mercado permanente e que justifique o retorno deste investimento, o que pode levar de sete a 10 anos”, finalizou.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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