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Setor de serviços amplia recuperação

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O Amazonas ficou entre os três Estados do Brasil que apresentaram maiores altas no desempenho do setor de serviços em julho de 2017, de acordo com os dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada na quarta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O Estado apresentou um crescimento de 0,8%, após ter crescido 4,2% em junho e 8,0% em maio os números mostram que houve um recuo. A taxa acumulada no ano está em -5,1% e a dos 12 meses, em -8,4%.

Dos sete primeiros meses do ano, a atividade de serviços do Amazonas teve crescimento em cinco. Com isso, o acumulado no ano que em janeiro era -10,8% foi reduzido para -5,1% em julho. Segundo o disseminador de informação do IBGE/AM, Adjalma Nogueira Jaques, se continuar com esse ritmo, é provável que em dezembro feche o ano com crescimento em relação ao ano passado.

Na avaliação do economista Francisco Mourão Júnior, o resultado positivo do Amazonas tem relação com o pequeno aquecimento no PIM (Pólo Industrial de Manaus), a inflação controlada do país que reflete na taxa de juros, em decorrência dos pedidos de final de ano e ainda tem reflexos do pagamento das contas inativas FGTS. De acordo com o economista, o segmento de serviços é primordial, pois, ele demonstra a curto prazo se a economia está aquecendo ou não.

“Tudo isso tem refletido diretamente no crescimento, a partir do momento que as pessoas têm uma renda e conseguem estabilizar suas contas, pagar suas dívidas, elas voltam a consumir”, disse o economista.

De acordo com a presidente da Abrasel-AM (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), Lilian Guedes, devido à crise, as pessoas estavam evitando sair de casa para comer, contudo, a partir de agora a expectativa é de que 44% dos brasileiros voltem a consumir.

“O setor de serviços foi o último a sentir a crise, isso porque todo mundo precisa comer, mas também é o primeiro a sentir quando ocorre uma alta, então deu pra perceber esse aumento na procura pelos serviços em bares, restaurantes e lanchonetes”, comentou.

Para a presidente da Abrasel, o efeito do saque do FGTS das contas inativas teve reflexo direto no faturamento do setor, por isso, os meses de maio, junho e julho apresentaram crescimento. Segundo Lilian, o fim dos saques nas contas inativas assusta os empresários, contudo, existe a expectativa de que no Amazonas haja um crescimento de 2% até o final do ano.

Um dos fatores que também tem ajudado no faturamento, é a sanção da lei de diferenciação de preços para cada forma de pagamento, que segundo a presidente tem feito com que muitos clientes optem pelo pagamento no dinheiro.

Serviços no Brasil
Segundo a pesquisa o segmento de Serviços prestados às famílias (hotéis, restaurantes, atividades esportivas e outros) foi o único a crescer (0,9%) em julho frente ao mês anterior, em todo o país. Já as atividades turísticas tiveram queda de 2,1% em relação a junho, e de 5% na comparação a julho de 2016.

No Brasil se registrou a queda de 0,8% no volume de serviços em relação a junho, após ter tido alta de 1,3%. A taxa acumulada no ano é de -4,0% e, em 12 meses, -4,6%.

Por regiões
As demais taxas positivas foram registradas em Rondônia (2%), Mato Grosso do Sul (0,8%), Goiás (0,7%) e Rio Grande do Norte (0,7%). As reduções ocorreram em Mato Grosso (-7%), Espírito Santo (-6%) e Tocantins (-5,3%).

Na comparação com julho de 2016, Paraná (7,1%), Amazonas (5,6%) e Mato Grosso (5,3%) registraram alta, enquanto Roraima (-17,0%), Tocantins (-14,7%), Distrito Federal (14,7%) e Maranhão (-11,6%) tiveram queda.

No âmbito regional, na comparação com junho, às atividades turísticas tiveram crescimento em Goiás (4,2%), Ceará (3,8%), Santa Catarina (3,3%), Pernambuco (2,1%), São Paulo (0,6%) e Paraná (0,3%). As quedas desse segmento ocorreram no Distrito Federal (-3,6%), Espírito Santo (-3,5%), Rio de Janeiro (-3,1%), Bahia (-2,0%), Minas Gerais (-1,6%) e Rio Grande do Sul (-1,3%).

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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