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Setor de confecções local busca elevar participação

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Com investimentos de R$ 1,2 milhão para o intervalo 2006/2008, o Sebrae-AM (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Amazonas) e parceiros deram início ao projeto “Desenvolvimento do setor produtivo de confecção de vestuário de Manaus”. Com intuito de divulgar a produção local para o mercado, a coordenação do projeto realizará o desfile Moda Verão 2008, hoje às 16h, na Rua Marechal Deodoro, Centro da cidade.

De acordo com a gerente técnica do projeto, Déborah Araújo, o objetivo é incentivar os microempresários do ramo da costura a fecharem negócios. “A idéia é chamar a atenção do mercado para as empresas que estão começando a produzir moda em Manaus”, afirmou. O local do desfile foi escolhido estrategicamente pela organização do evento. “A Rua Marechal Deodoro é um ícone em termos de confecção”, disse.

Participarão do evento as associações Gager Mulher, do bairro Compensa 2 e a Ponto de Ouro, do Zumbi dos Palmares; a cooperativa Amacorte, do Crespo e as empresas Dani Confecções, do Adrianópolis e a Thamy Pezzi, do Centro. No total, as instituições apresentarão 35 looks durante o desfile. As roupas misturarão as tendências mundiais com as temáticas brasileiras e especificamente amazônicas.

A Amacorte exibirá 20 peças que terão como diferencial a presença do couro de peixe. Conforme o presidente da cooperativa, Oziel de Lima, o desfile será o meio para divulgar o produto e aumentar a clientela.

O dirigente disse que a concorrência com empresas de outros Estados do país é alta. “Essas fábricas possuem capacidade de produção superior e têm estrutura empresarial e de mercado”, assegurou.

Setor está se organizando

Além disso, Oziel de Lima informou que essas empresas possuem máquinas tecnologicamente avançadas. “Mas, estamos nos equipando para atender a demanda do mercado” garantiu.

O presidente do Sindiconf (Sindicato da Indústria de Confecção), Engels Medeiros, avaliou que o evento é importante para mostrar aos lojistas de Manaus que existem empresas fazendo roupa com qualidade superior as fabricadas há três anos. No entanto, o dirigente admitiu que o segmento em Manaus está em fase inicial. “O setor de confecção é pouco desenvolvido na cidade. A maior parte da produção é de uniformes. Por isso, a compra de roupas de outros Estados ainda é elevada”, assegurou.

Segundo Engels Medeiros, a maioria das roupas vendidas em Manaus vem de Goiás, São Paulo, Ceará e Minas Gerais. “A queda do dólar incentiva também a exportação de peças de países que têm carga tributária 40% inferior a do Brasil. Pois, de cada 10 peças produzidas aqui o rendimento de quatro é dado ao governo por meio de impostos”, disse.

Apesar da alta competição, o país vem se posicionado bem no ranking, conforme o presidente do Sindiconf. Hoje, o Brasil emprega 1,6 milhão de pessoas. O setor é o segundo maior na geração de empregos, perdendo apenas para a construção civil. Em Manaus, a confecção gera 7.000 postos de trabalho entre diretos e indiretos. “Os governantes precisam enxergar a importância da costura para a economia. Pois, com o aumento da compra de roupas produzidas na cidade crescew o número de empregos gerados”, afirmou.

Os parceiros do Sebrae que apóiam o projeto são o Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), a Semdel (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico Local), o Sindiconf e o Banco do Brasil. As instituições fornecem treinamento em gestão, empreendedorismo, palestras, consultorias sobre moda e estilo, qualificação de mão-de-obra e linhas de crédito.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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