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Setor busca competitividade no PIM

Um estudo de competitividade para o segmento de componentes do polo de duas rodas será elaborado por técnicos da Suframa (Superintendência da Zona Franca e Manaus) com sugestões de empresários e representantes do setor.
De acordo com conselheiros da Aficam (Associação dos Fabricantes de Componentes da Amazônia) presentes em reunião realizada na última sexta-feira (14), na sede da autarquia, serão levantados os custos dos fabricantes na compra de partes e peças de indústrias do Sul do país, do PIM e do exterior -especialmente a Ásia. O objetivo, com base nessas informações, é traçar o cenário real do segmento.
Segundo os representantes, essa é uma das alternativas a serem exploradas a partir do próximo ano para recuperar o setor.
Além dela, conforme nota impressa divulgada pela Suframa, o superintendente adjunto de projetos, Gustavo Igrejas, apresentou, durante o encontro, uma política industrial para o segmento que inclui mudanças no PPB (Processo Produtivo Básico) de duas rodas que não permitam o excesso de importação da Ásia sem o cumprimento das cotas de compras dos componentes locais e regionais pelos fabricantes de motocicletas.
“Estamos atentos a este aumento da importação e isto nos leva a estudar algumas propostas para o segmento. Realizar um estudo para uma política industrial de curto e médio prazo pode ser o caminho para resolvermos diversas questões do setor, que não se restringem apenas aos PPBs”, ressaltou Igrejas na ocasião.
Igrejas destacou que um dos objetivos principais é simplificar o texto das portarias que regulam os PPBs de motocicletas e de seus componentes, e compilar toda legislação em uma única portaria.
A iniciativa foi bem recebida. Segundo a nota, o representante do Sindipeças (Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores), Franklin Neto, afirmou que “a política que está sendo desenvolvida dará maior segurança para que os fabricantes, principalmente de motopeças, venham se instalar em Manaus”.
Já o presidente da Aficam, Cristóvão Marques, disse que uma regulamentação organizada não vai permitir brechas para a importação desenfreada de insumos. “O Estado não vai poder mais importar componentes, se não estiver tudo muito bem definido dentro do PPB”.

Cenário

Marques argumentou que este foi um ano especialmente difícil para o segmento de bens intermediários, sobretudo o plástico. “Passamos por problemas de mercado, problemas de variação cambial em função da crise internacional”.
Ele conta também que a dificuldade de competir com os países asiáticos se resume em três pontos básicos -matéria-prima, mão de obra e energia elétrica –, os principais gastos dos fabricantes.
Quanto às propostas apresentadas, ele pediu agilidade no processo. “Sentimos uma disposição grande da Suframa, mas precisamos de respostas rápidas. Se demorar muito, não resolve”, concluiu.
Uma nova reunião ficou marcada para o dia 30 de janeiro, quando representantes, sindicatos e associações irão discutir as propostas apresentadas.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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