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Serviços têm recuperação adiada

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O setor brasileiro de serviços fechou o mês de março com queda de 0,2% em relação a fevereiro, segundo dados da pesquisa mensal de serviços do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). No Amazonas, o setor mostrou um crescimento de 3% em relação a fevereiro, que teve queda de 1,6%, e janeiro (-7,5%). Para especialistas, apesar dos números positivos, o setor ainda encontra-se em recuperação devido a cautela do consumidor.

Segundo o economista, Ailson Rezende, o consumidor ainda não sentiu os reflexos da retomada da economia, e devido a isso, tem se posicionado de forma mais prudente em relação aos gastos e prefere investir os seus recursos em produtos de primeira necessidade. “O povo ainda não sentiu no dia a dia a recuperação da economia. Se a pessoa não tem expectativa positiva, e não sabe se vai se manter no emprego, existe o corte de gastos. Então, devido a insegurança em relação ao dia de amanhã, existe a cautela. Quem tem dinheiro está guardando para coisas prioritárias ao invés de lazer e outras coisas. Então existe a preferência de gastar somente no básico, como alimentação, vestuário e transporte”, explica.

Rezende ressaltou ainda, que apesar da melhora na produção de alguns setores da indústria – como o aumento da produção de televisores, devido a proximidades dos jogos da copa – e do crescimento do setor de duas rodas, esses pontos ainda não refletiram na vida da população, principalmente por que não tem gerado emprego e renda significativa para o consumo.

“A renda é fundamental para o setor de serviços. Quem não está trabalhando evita utilizar serviços pagos e passa a frequentar lugares públicos. Um pai de família que tem esposa e filho não vai querer gastar dinheiro no cinema, com ingresso, pipoca e estacionamento”, disse.

De acordo com o economista da Fecomércio-AM (Federação do Comércio do Amazonas) José Fernando, o setor tem características prórpias por se tratar de uma área muito dinâmica, que depende da realização de muitos eventos para manter a economia em movimento. E ressaltou o papel do governo por meio de suas secretárias são importantes, para a criação de novas modalidades de eventos para contribuir para sua melhora. “Isso faz melhorar o faturamento dos segmentos de restaurante, hotelaria e outros. Agora teremos o festival folclórico de Parintins que será uma grande oportunidade de alavancar a área, mas ainda não é suficiente para gerar oportunidade de trabalho para o cidadão”, explica.

Números

Em relação a março de 2017 (série sem ajuste sazonal), o volume de serviços variou 2,8%, contra -2,1% em fevereiro e -0,6% em janeiro. O acumulado no ano ficou em 0,1% e o dos 12 meses, em 1,2%. Na receita nominal que em seu cálculo não sofre a deflação do período, o Amazonas cresceu 4,0% em março, recuperando parte das quedas de janeiro de 10,3% e fevereiro de 3,2%. Com isso, o acumulado desse indicador no ano ficou em 1,6%. E a variação dos últimos doze meses foi a 5,5%.

Com isso, o desempenho de março, colocou o Amazonas no quarto melhor desempenho nacional, ranking que foi liderado por Tocantins (29,9%). A análise do desempenho anual dos serviços, coloca o estado na sexta melhor posição entre os Estados (0,1%), desempenho este liderado por Rondônia com 1,4% de crescimento em 2018.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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