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Serviços públicos lideram reclamações

Em janeiro, as sete unidades do Procon/AM (Programa Estadual de Proteção e Orientação ao Consumidor do Amazonas) registraram em Manaus 1.097 denúncias em seus guichês de atendimento. Deste número, a maior parte é referente à contestação no valor nas contas de água, energia e telefonia. Segundo o diretor do órgão, Guilherme Frederico, as empresas de serviços são sempre as mesmas a apresentar maior volume de denúncias deste tipo.
“No mês, este número de atendimentos nem é maior e nem menor, está na média. O que acontece é que as re‑ clamações das pessoas são, na maioria, contra empresas de serviço por consumo não reconhecido. Ou seja, são pessoas que discordam do valor cobrado”, comentou.
No topo da lista de quei–xas, está a Águas do Amazonas, seguida pelas operadoras de telefonia e pela Amazonas Energia.
A professora de língua portuguesa e moradora do bairro Cachoeirinha (zona Sul), Viviane Nascimento, acredita que o problema ocorra porque não é feita a leitura correta dos registros. Ela alega que, como o medidor fica ainda instalado no poste, o funcionário sente dificuldades para fazer a leitura dos números e por isso lança um valor médio.
“No meu caso, há três meses o consumo de energia diminuiu e a conta vem alta. Antes, tinha uma pessoa que ficava 24 horas em casa e por isso pagávamos quase R$ 300 de luz. Agora, não tem ninguém em casa à tarde e continuamos pagando este mesmo valor”, disse Viviane.
Por meio de nota, a Águas do Amazonas informou que as solicitações sobre ‘consumo não reconhecido’ (ou ‘alto consumo’) ocorrem em apenas 0.03% do total de clientes da concessionária. A concessionária destacou ainda que, em mais de 90% destes casos, a água está sendo desperdiçada de alguma forma: ou por excesso de consumo, ou por vazamentos nas instalações internas do imóvel.

Bemol também

Já os dados do Sindec (Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor) mostram que entre as dez empresas mais denunciadas ao Procon/AM, há apenas uma do comércio varejista: a Bemol, perdurando em décimo lugar. O sistema mostra que as principais queixas dizem respeito a problemas com a garantia oferecida e produtos entregues com danos e defeitos.
O setor jurídico da Bemol desconhece os produtos en‑ tregues com danos e defeitos e enfatiza que eles são entregues ao consumidor em perfeito estado de funcionamento. Ocorrendo falhas ou danos após a compra, as ocorrências registradas no Procon são encami‑ nhadas à empresa, constando em relatórios como problemas relacionados à assistência técnica. No caso de reclamações referentes à garantia oferecida pela loja, o problema ocorre, algumas vezes, devido ao prazo de substituição da mercadoria.
“Para os produtos com garantia estendida, há um prazo de 30 dias para que o novo produto seja trocado. Mas, acontece que às vezes passam 20 dias, ainda estamos na data contratada, e o cliente pede o reembolso”, explicou a coordenadora jurídica da empresa, Ilana Minev.

Maioria dos casos é resolvida entre as partes,diz empresa

A coordenadora jurídica da Bemol, Ilana Minev, a–inda enfatizou que a maior parte das reclamações que o Procon/AM envia para a loja são problemas ligados às assistências técnicas dos produtos comprados e afirma que grande parcela dos casos é solucionada antes da audiência marcada pelo órgão.
“Para minimizar os pro‑ blemas com assistência técnica, a Bemol reúne-se periodicamente com os fabricantes dos produtos e tem obtido algumas vitórias, como a recente inauguração do Top Service da Electrolux, uma referência em bons serviços, sendo a terceira unidade no Brasil”, disse Ilana.
Na lista do Sindec, também aparecem os nomes das operadoras de telefonia móvel Tim e Vivo. Elas res–pondem por 284 denúncias de cobrança indevida no Estado. Além das empresas de telefonia, estão os agentes financeiros Itaú, Credicard e Bradesco que lideram as reclamações de cobrança indevida e erro no cálculo das prestações em atraso.
Os números do Sindec são referentes a 2010 e foram apurados do primeiro dia útil de 2010 a novembro daquele ano. Estes são os dados mais recentes disponibilizados na página virtual do Sistema.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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