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Serviços em queda no ano

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Nos últimos doze meses, o setor de serviços no Amazonas registrou o terceiro pior desempenho do país com recuo de 13,7%, aponta o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Segundo os dados divulgados ontem (29), o resultado ficou atrás apenas do Amapá e Mato Grosso, que acumularam uma perda de 15,3% e 14,2%, respectivamente. A média nacional foi de -5,2%. Em janeiro de 2017, o Amazonas caiu 11,8% comparado ao mesmo período do ano anterior. Já o volume do setor no primeiro mês do ano, apresentou um recuo de 5,8% frente a dezembro de 2016, o sexto pior resultado no ranking nacional.

Na avaliação do economista, Francisco Mourão Júnior, os números negativos registrados pela atividade de serviços amazonense ainda são resultados do desequilíbrio econômico e político durante o ano passado. Ele comentou que, o fator determinado para os indicadores foi o aumento do desemprego. “Percebe-se que a alta de taxa de desocupação somado a ameaça de quem ainda está empregado, o consumidor começa a ter cautela com os gastos e esse setor sente de imediado a retração. Se antes ele ia ao salão de beleza todo final de semana, reduz para no máximo duas vezes por mês e o mesmo acontece em relação as saídas para almoços ou jantares”, exemplificou. Para Mourão Júnior, a economia do Amazonas ainda deve amargar perdas no primeiro semestre deste ano e somente a partir do segundo, começará a ter fôlego para retomar os bons trilhos. “Acredito que os efeitos de medidas como a baixa de taxas de juros e até mesmo a liberação do FGTS ajudem a dar uma pequena melhorada. Temos também a inclusão da nossa região em roteiros de grandes cruzeiros internacionais e nacionais e movimentam todos os segmentos econômicos, principalmente o de serviços”, analisou o especialista acrescentando que muitos demitidos partiram para o empreendedorismo com intuito de se realocar no mercado, tornando o setor mais competitivo.

De acordo com a pesquisa, nos últimos 12 meses do volume de serviços, o setor de serviços do Amazonas registrou em janeiro de 2017, uma queda de 13,7%. O resultado coloca o Estado com o terceiro pior, atrás apenas do Amapá com -15,3% e Mato Grosso (-14,2). Segundo o IBGE, nos últimos 12 meses (de fevereiro de 2016 a janeiro de 2017), todos os meses registraram recuos.

No primeiro mês do ano, o volume do setor de serviços recuou 5,8% em relação a último mês de 2016, na série com ajuste sazonal. A queda vem após crescimento de 3,2% e 5,3% em dezembro e novembro de 2016, respectivamente. O resultado foi o sexto maior expressivo entre os outros Estados brasileiros: 1° Roraima (-13,1%); 2° Amapá (-13,1%); 3° Sergipe (-12,8%); 4° Maranhão (-8,1%) e 5° Rondônia (-7,2). A média nacional foi de -2,2%. Com relação aos últimos 12 meses foi o segundo maior recuo.
Em relação a janeiro de 2016, o setor no Amazonas registrou queda de 11,8%, após dezembro marcar -6,9% e dezembro -10,3%. O resultado negativo é maior que o índice nacional (-7,7%) com o Estado ocupando a 13ª posição entre as unidades da federação. Rondônia lidera o ranking com perda de -25,6%, seguido de Tocantins (-24,5%) e Amapá (-24,4%).

Receita Nominal de Serviços
Segundo o IBGE, o setor dos serviços do Amazonas teve um crescimento de 0,2% no mês de janeiro de 2017 em relação ao último mês do ano passado, na série com ajuste sazonal, após ter registrado aumento de 1,6% em dezembro e 5,4% em novembro. O resultado foi melhor do que o índice nacional (-1,0%). Já se comparado a janeiro de 2016, o recuou da receita nominal da atividade foi de 5,3%. Essa foi a menor queda nos últimos 12 meses. O índice foi pior do que o índice nacional (-2,0%).

Ainda de acordo com a pesquisa, no acumulado da receita nominal do Amazonas nos últimos 12 meses (de fevereiro de 2016 a janeiro de 2017) ficou em -10,4%, em comparação com o ano anterior. Este índice deixa o Estado com a segunda maior queda dentre as unidades da federação, novamente atrás apenas do Amapá (-13,4%). “Nesse período, todos os meses apresentaram valores negativos, significando quedas consecutivas no volume receita nominal”, informou o IBGE.

Dados nacionais
O volume do setor no país teve recuou 2,2% em janeiro, na comparação com o mês anterior. Até agora, o resultado mensal é o pior da série histórica iniciada em 2012.

Na comparação com janeiro de 2016, o setor caiu 7,3 %. Com esses resultados, em 12 meses, o volume do setor de serviços acumulou baixa de 5,2%. Apenas o segmento de serviços de informação e comunicação registrou alta de 5,5% no Brasil. Em contrapartida, despencaram as atividades de serviços profissionais, administrativos e complementares (-14,5%), serviços prestados às famílias (-3,6%), outros Serviços (-3%) e transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio (-0,7%). De acordo com o IBGE, a receita nominal em janeiro registrou queda de 1% sobre dezembro e 2%, na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Também tiveram índices negativos a taxa acumulada do ano e os últimos 12 meses, quando registraram o recuo de -2,0% e -0,2%, respectivamente.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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