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Serafim culpa grandes grupos pela crise da água

Ao participar ontem (12) da terceira rodada de entrevistas realizadas esta semana pela Rádio Amazonas FM com os concorrentes à Prefeitura de Manaus, o candidato da Coligação “Agora Somos Nós e o Povo”, Serafim Corrêa, disparou ataques a grandes grupos empresariais, responsabilizando-os pelo agravamento da crise da água na cidade de Manaus.
Segundo Serafim, a crise não se relaciona apenas à intransigência da Prefeitura, que insiste em rejeitar a integração do Proama (Programa Água para Manaus), do Governo do Estado, à rede municipal de abastecimento. A crise, de acordo com o candidato do PSB, possui outros atores que são os habitantes de grandes condomínios e grandes grupos empresariais. “Eles fazem gatos e simplesmente entram na rede do sistema e drenam água de lá”, acusou, cobrando atitudes energéticas por parte da Manaus Ambiental sobre a questão.
Ele citou fabricantes de refrigerantes e proprietários de cervejarias como parte dos grupos cuja inadimplência chega ao absurdo por não pagarem tarifa de água e lesarem os cofres municipais. “Esses grupos possuem poços artesianos próprios e não pagam nada por eles. Consomem nosso aqüífero e o aqüífero não pertence a nenhuma fábrica de refrigerantes ou de cerveja, ele pertence ao povo manauara e só pode ser usado em situações excepcionais”, desabafou.
A Manaus Ambiental, ressaltou Serafim, tem a obrigação de convencer esses grandes grupos a comprar água do município. “Quem paga água em Manaus são os pobres e a classe média. O rico não paga, o rico tem poço. Ora, um sistema desses é insustentável, e essa é uma situação que precisa ser enfrentada de forma muito clara e muito transparente”, comentou.

Dever de casa

Serafim Corrêa esclareceu à Rádio Amazonas FM ter feito “o dever de casa” à frente da Prefeitura de Manaus (2005/2008), por meio da repactuação assinada em 2007 com a então concessionária Águas do Amazonas. Ele afirmou ter investido R$ 60 milhões na construção de 700 quilômetros de rede à época. Informou que a Águas do Amazonas, por força da repactuação, investiu R$ 140 milhões, aumentando a produção de água em 2 metros cúbicos/segundo na Ponta do Ismael.
“Colocamos 38 quilômetros de adutoras da Ponta do Ismael até a Cidade Nova, construímos onze reservatórios com 55 milhões de litros. Essas obras permitiram à Prefeitura beneficiar 68 mil famílias, ou seja, um total de 400 mil pessoas que não tinham água em 2006 e passaram a ter água encanada a partir da repactuação”, explicou o candidato.
No entanto, de cada 100 litros de água produzidos em Manaus, há um desperdício de 70 litros, observou Serafim, culpando o péssimo gerenciamento a empresa concessionária pelo problema. “Esse desperdício de 70 por cento inviabiliza qualquer negócio e significa vazamentos na rede, além dos ‘gatos’ feitos por pessoas pobres por questões de pura sobrevivência”, salientou.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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