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Senado demonstra grande preocupação com acirramento de ânimos

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) voltou a manifestar sua confiança no sistema eleitoral brasileiro e nas urnas eletrônicas. Ontem, em seu discurso de abertura dos trabalhos na primeira sessão após o recesso legislativo, Pacheco dedicou grande parte da sua fala às eleições de outubro. Elogiou o atual presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Edson Fachin, bem como seu sucessor, ministro Alexandre de Moraes, que estará à frente da Corte durante as eleições.

“Como tenho repetido em minhas falas nesta Casa e fora dela, eu tenho plena confiança no processo eleitoral brasileiro, na Justiça Eleitoral e nas urnas eletrônicas, por meio das quais temos apurado os votos desde 1996. Sei que essa posição é amplamente majoritária tanto no Senado quanto no Congresso”, disse Pacheco.

O presidente do Senado citou que as urnas eletrônicas são “motivo de orgulho nacional” e afirmou sua confiança no trabalho do TSE.Gostaria de reconhecer o bom trabalho que vem sendo realizado na presidência do Tribunal Superior Eleitoral pelo ministro Edson Fachin, bem como expressar minha certeza de que tal trabalho exitoso terá continuidade na gestão do ministro Alexandre de Moraes”.

Por fim, o presidente do Senado fez um apelo aos candidatos, demonstrando preocupação com um acirramento de ânimos entre eleitores e pedindo um debate propositivo nas campanhas. “Reitero o apelo de pacificação e de contenção de ânimos, e dirijo-o especialmente aos agentes do Estado e aos candidatos nas eleições que se aproximam. O que faz uma nação é um conjunto de valores e ideias que nos unem. Voltemos, portanto, a discutir ideias. Que nossos esforços sejam direcionados para buscar soluções que tragam prosperidade para o País”.

A fala de Pacheco ocorre em meio a ataques do presidente Jair Bolsonaro ao sistema eleitoral e às urnas eletrônicas, que ele afirma, sem apresentar evidências, que não são confiáveis. Há duas semanas, em reunião com embaixadores, Bolsonaro afirmou que o governo trabalharia para apresentar uma “saída” para as eleições deste ano. A ideia seria “corrigir falhas”, sem indicar quais são essas falhas.

Em nota à imprensa publicada no dia do encontro, o Palácio do Planalto ressaltou que o evento teve como objetivo “aprimorar os padrões de transparência e segurança” das eleições. “O presidente sublinhou aos titulares e representantes diplomáticos presentes seu desejo de aprimorar os padrões de transparência e segurança do processo eleitoral brasileiro. Enfatizou que a prioridade é assegurar que prevaleça, de modo inquestionável, a vontade do povo brasileiro nas eleições que se realizarão em 2 de outubro próximo”, disse a nota.

Antes da sessão, Pacheco recebeu integrantes da ‘Coalizão em Defesa do Sistema Eleitoral’, um grupo de mais de 50 entidades da sociedade civil, entre associações de advogados, de economistas e centrais sindicais. Esse grupo entregou uma carta repudiando os ataques do presidente da República ao TSE e às urnas eletrônicas e dando apoio ao sistema eleitoral.

Nota abre Perfil

Escolha de vice reforça parceria

Maiores representantes da geração de novos políticos no Amazonas, David Almeida (Avante) e Wilson Lima (UB) já vinham costurando alianças desde o ano passado, algo que se consolida ainda mais agora com a escolha do ex-secretário Tadeu de Souza para ser o vice do governador na campanha pela reeleição. Com a máquina estatal nas mãos, Lima tem grandes chances de vencer nas eleições de outubro deste ano. E some-se a esse diferencial o apoio do prefeito, hoje o seu maior cabo eleitoral, o que em tese deixa adversários de peso como Amazonino Mendes e Eduardo Braga mais distantes de uma eventual vitória.

Almeida mostra que tem cacife. Sua gestão agrada ao manauara. E seu governo é avaliado como um dos melhores da gestão municipal dos últimos tempos. O jeito despojado de atuar, a simplicidade, o fácil acesso da população, são apontados como fatores preponderantes para uma imagem positiva de sua administração. Nem o acordo selado com o PL de Bolsonaro, condicionando o apoio do presidente ao governador com a indicação de um nome do partido para compor a chapa no próximo pleito, foi suficiente para desbancar o tráfico de influências que exerce o prefeito.

Confiança

Ao ter o nome anunciado como vice na chapa do governador Wilson Lima, Tadeu de Souza destacou a parceria entre a prefeitura e o governo do Amazonas como fruto de ações efetivas para trazer mais melhorias à população do Amazonas. “Quero representar essa união e o sucesso da gestão David Almeida junto ao governo do Estado. Quando os políticos se unem, quem ganha é o povo amazonense”, ressaltou. Essa proximidade abre portas para o prefeito sair candidato em 2026. Não é de graça.

Barrados?

Corre nos bastidores da política amazonense que os outros postulantes a vice na chapa de Wilson Lima estariam ressentidos pela escolha de um técnico, e não um político, para ser o vice do governador na campanha pela reeleição. Também ex-secretários municipais, Sabá Reis, Shádia Fraxe, Marcos Rotta, demonstraram insatisfação logo após saberem do escolhido para compor com Lima, principalmente Reis, que foi até laureado durante uma homenagem na Câmara Municipal. Foram barrados no baile?

Chances

Chegou a ser ventilado, inclusive, que Marcos Rotta, ex-secretário e vice-prefeito de Manaus, teria grandes chances de ser o vice de Eduardo Braga na disputa pelo governo do Amazonas nas próximas eleições. Se verídica a informação, Rotta estaria se distanciando do prefeito David Almeida, com quem demonstra muita amizade, proximidade, compartilhando das mesmas ideias de promover um governo realmente comprometido com as demandas populares. A política sempre muda suas regras.

Atropelos

Ontem, a falta de quórum atropelou as votações de projetos de lei na Câmara Municipal. Sem disfarçar a preocupação com os gazeteiros de plantão, o vereador Marcelo Serafim (PSB), líder do prefeito, pediu a suspensão da sessão até a chegada dos outros vereadores ao plenário. “O vereador tem compromisso de chegar na hora certa”, bradou Sassá da Construção, uma das vozes da nanica oposição, corroborando para manifestação de Amom Mandel. A atuação parlamentar deve ser responsável.

Assaltos

A população reclama de muita insegurança no transporte público. Não há um só dia em que um ônibus não seja assaltado em Manaus. Nos seis meses deste ano, houve mais de 1.014 casos de assaltos, segundo dados divulgados ontem pelo Sinetram, o sindicato patronal da categoria na região. O número é recorde, 25% superior ao registrado no mesmo período de 2021. Na realidade, ninguém está mais seguro ao sair de casa. Os assaltantes estão nas ruas e invadem até casas. Aonde está a polícia?

Energia

Preparem-se. A Aneel vai discutir em consulta públicaum pedido de revisão tarifária extraordinária da Amazonas Energia para compensar os impactos de alteração na tributação do ICMS no Estado. A concessionária reivindica aumento médio de 10,11% para todos os consumidores, com impacto médio de 10,80% na alta tensão e de 8,70% na baixa tensão. O segmento ainda não digeriu os limites nas alíquotas do imposto, que variam de 17% a 18%, que minaram lucros. Nem todos se dispõem a sacríficos.

Varíola

A Secretaria de Estado da Saúde confirma o terceiro caso da varíola dos macacos no Amazonas. O Brasil já registra 1.369 ocorrências, principalmente nas regiões Sul e Sudeste. Recentemente, a OMS manifestou preocupação com o surto da doença no País, recomendando que a população adote os mesmos cuidados em relação à Covid-19 – uso de máscaras, de álcool em gel, higiene pessoal, evitando aglomerações. O problema é que nem todos incorporam as recomendações.  Muito complicado.

Juros

Por unanimidade, o Copom decidiu, ontem, subir os juros básicos da economia (Selic) em 0,5 ponto percentual. Com isso, o índice foi de 13,25% para 13,75% ao ano – o maior patamar desde o reajuste estabelecido de dezembro de 2016 até 11 de janeiro de 2017, quando a taxa básica também estava em 13,75%. A última vez em que a Selic teve um valor mais alto do que esse foi no ciclo de 19 de outubro de 2016 até 30 de novembro de 2016, quando chegou a 14% ao ano. A inflação precisa ser controlada.

FRASES

“Quero representar essa união”.

Tadeu de Souza, ex-secretário, ao comentar sua escolha para ser vice de Wilson Lima.

“Urnas eletrônicas são orgulho nacional”.

Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado, sobre a lisura do processo eleitoral.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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