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Selic sobe pela terceira vez seguida

Pela terceira vez seguida, o Banco Central reajustou os juros básicos da economia. Por unanimidade, o Copom (Comitê de Política Monetária) aumentou a taxa Selic em 0,5 ponto percentual, para 8,5% ao ano. “O comitê avalia que essa decisão contribuirá para colocar a inflação em declínio e assegurar que essa tendência persista no próximo ano”, justificou o Copom em comunicado.
Em abril, o Copom iniciou um novo ciclo de alta nos juros básicos, depois de quase dois anos sem aumento, e elevou a Selic para 7,5% ao ano. Desde agosto de 2011, a taxa vinha sendo reduzida sucessivamente até atingir 7,25% ao ano em outubro de 2012, o menor nível da história. A Selic foi mantida nesse nível até março deste ano.
A taxa Selic é o principal instrumento do BC para manter a inflação oficial pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) dentro da meta estabelecida pela equipe econômica. De acordo com o CMN (Conselho Monetário Nacional), a meta de inflação corresponde a 4,5% (centro da meta), com margem de tolerância de dois pontos percentuais, podendo variar entre 2,5% (piso da meta) e 6,5% (teto da meta).
Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), desde julho do ano passado, o IPCA acumulado em 12 meses vem subindo. Em junho, o índice acumulado chegou a 6,7% e ultrapassou o teto da meta de inflação do governo. De acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo Banco Central, o IPCA encerrará 2013 em 5,81%. Por outro lado, o aumento da taxa Selic prejudica o reaquecimento da economia, que cresceu apenas 0,9% no ano passado e ainda está sob o efeito de estímulos do governo, como desonerações e crédito barato. De acordo com o boletim Focus, os analistas econômicos projetam crescimento de 2,34% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2013. A estimativa foi reduzida pela oitava semana seguida.
Usada nas negociações de títulos públicos no Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia), a taxa Selic serve como referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la, o Banco Central contém o excesso de demanda, que se reflete no aumento de preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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