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“Seguimos com plano de investir”

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Destaque na solenidade Industrial do Ano, a Recofarma Indústria do Amazonas foi a Exportadora do Ano pelo sétimo ano consecutivo ao somar R$ 600 milhões em exportações de concentrados em 2017. Em entrevista ao Jornal do Commercio, o vice-presidente de Finanças da Coca-Cola Brasil, Alexandre Fernandes anuncia que a empresa vai investir em torno de R$ 130 milhões nos próximos anos em sua fábrica de concentrados. Alexandre é graduado em economia pela Faculdade Cândido Mendes, com extensões em Administração de Empresas na USP e na Wharton Business School. Acumula 28 anos de experiência profissional como executivo.

Jornal do Commercio – Quais os principais mercados da Recofarma?
Alexandre Fernandes – Colômbia, Venezuela, Paraguai, Uruguai e Bolívia.

JC – E como estão as vendas para a Venezuela, diante da atual situação desse país?
Alexandre – A situação é um desafio para todas as empresas, no entanto, apesar do conhecido cenário político e econômico adverso na Venezuela, conseguimos manter o nível de exportações obtendo um crescimento no volume de exportações para outros países como a Bolívia.

JC – Qual o valor investido em 2017? Em que áreas?
Alexandre – O total de investimento foi de R$ 17 milhões destinados para a ampliação da fábrica de concentrados de bebidas, além da aquisição de máquinas e equipamentos e, ainda, na área produtiva com o projeto de Projeto da Água.

JC – Já houve investimento na planta fabril? Qual o valor investido? Em que área? Vai facilitar em que?
Alexandre – Sim, ao longo desses anos tivemos vários investimentos na planta. Esses investimentos visam atender os novos mercados e, ainda, o aumento da produtividade. Com isso investimentos em máquinas e equipamentos e na ampliação de infraestrutura.

JC – Por conta da crise do Brasil, em 2016, o atendimento ao mercado nacional sofreu redução de volume na ordem de 7%. Como está neste ano? Que ações foram feitas para driblar (ou não) isso?
Alexandre – A Coca-Cola Brasil vem transformando o que produz e como produz para atender às novas demandas da sociedade. Temos uma visão de longo prazo no país, confiamos na recuperação da economia e nossa história de 76 anos no Brasil, sendo 28 no Amazonas, mostra que não recuamos diante de desafios. Reafirmarmos o nosso compromisso de continuar a crescer com o país. Continuamente temos inovado e diversificado nosso portfólio. Para nós, as demandas do consumidor estão em primeiro lugar.

JC – A fábrica conta com quantos empregados hoje? Os serviços da Recofarma são realizados por mais quantos profissionais ao todo?
Alexandre – Somos 224 empregados e contamos com 149 prestadores de serviços. (Dados reportados à Suframa 12/2017).

JC – E quantos empregos diretos/indiretos são gerados aqui na capital e no interior? Em quais segmentos?
Alexandre – Dentro da ótica de geração de empregos, a Recofarma impulsiona a criação de postos de trabalho como decorrência de insumos na região. A empresa gera em torno de 3.100 postos de trabalho fora de sua unidade fabril, incluindo os fornecedores de Manaus. (Dados extraídos do book do Proj.de Modernização). Além disso, através da compra de matérias-primas tem um impacto de aproximadamente 11 mil pessoas no Amazonas.

JC – A Recofarma tem o mercado social, quais projetos são desenvolvidos? Como funcionam?
Alexandre – Geração de empregos, investimento em capacidade de produção, compra de matéria-prima local, capacitação da agricultura familiar e proteção de bacias hidrográficas são algumas das contribuições da companhia ao Estado. Além de apoiar programas socioambientais, a Coca-Cola Brasil dedica um programa especial de incentivos, principalmente voltados à preservação da Floresta Amazônica.

Temos um histórico importante de parceria com o Amazonas. São 28 anos de atuação da Coca-Cola Brasil na região, desde a instalação da Recofarma no PIM, além da presença do Grupo Simões, fabricante do Sistema Coca-Cola Brasil no Estado. Produzimos no polo de concentrado mais de 150 fórmulas de bebidas em geral.

É uma preocupação da Coca-Cola Brasil fomentar o desenvolvimento na capital e no interior do Estado e, assim, gerar impacto positivo na região Amazônica. Por isso, a Coca-Cola Brasil trabalha com o desenvolvimento econômico e socioambiental, além de atuar na valorização do Amazonas e no incentivo à cultura.

Só com o Programa Bolsa Floresta, da Fundação Amazonas Sustentável (FAS), apoiado pela Coca-Cola Brasil desde 2009, 40 mil pessoas da Amazônia foram beneficiadas. O mesmo programa reduziu em 75% o desmatamento de áreas mapeadas, com a garantia de renda para os participantes. Com a manutenção da “floresta em pé”, bacias hidrográficas preservam volume de água, garantindo a neutralidade hídrica à Coca-Cola Brasil.

E por falar em água é compromisso da Coca-Cola Brasil, por meio do programa Água+ Acesso, levar água potável e saneamento a comunidades no interior da Amazônia. Desde 2017, a região do Médio Juruá (AM) passou a ser beneficiada pelo programa, que busca soluções inovadoras para o acesso e tratamento de água para consumo, uma prioridade para a região.

Ainda na região do Médio Juruá uma ação liderada pela Natura e Coca-Cola Brasil tem o aporte de US$ 2,3 milhões da USAID Brasil. Os recursos serão aplicados em cinco áreas prioritárias de acordo com um processo participativo de priorização com foco na conservação da biodiversidade, no fortalecimento das cadeias sustentáveis e nos avanços no progresso social da região.

Ainda no apoio à cadeia produtiva, a Coca-Cola Brasil trabalha com o Programa Olhos da Floresta, criado em parceria com a ONG Imaflora, em 2016, e que oferece apoio técnico à agricultura familiar para a adoção dos chamados Sistemas Agroflorestais (SAFs) – modelo alternativo de produção que combina culturas agrícolas e espécies florestais em um mesmo espaço, recuperando o bioma de áreas degradadas. Em parceria com o poder público, são realizadas ações de extensão rural e diversificação de atividades com pequenos produtores. Até 2020, serão beneficiadas 350 famílias amazonenses que produzem o guaraná comprado pela Coca-Cola Brasil.

JC – E a produção de guaraná?
Alexandre – O trabalho com a produção de guaraná e com as famílias é ainda mais amplo. A Coca-Cola Brasil é a única empresa de bebidas com guaraná do Amazonas 100% certificado. Além disso, a agricultura familiar de 12 municípios amazonenses é responsável por metade do fornecimento de guaraná para a produção da companhia. Com o fortalecimento da cadeia produtiva garantimos o trabalho de pequenos produtores e cooperativas.

E esse fortalecimento da cadeia produtiva do guaraná reflete positivamente na vida de homens e mulheres em todo o Estado. Nos últimos anos, a Coca-Cola Brasil fortaleceu as cooperativas e associações no interior do Amazonas, contribuindo para melhorar a logística, a segurança do trabalho e incentivando boas práticas de manejo sustentável.

Partimos do princípio de que, conectando poder público, organizações de base, sociedade civil e setor privado, criamos naturalmente grandes oportunidades de aumentar o impacto social, ambiental e econômico nas comunidades, encontrando sinergias, parcerias e colaborações para unir esforços em busca de mais eficiência.

Com tudo isso, cada ação da Coca-Cola Brasil tem impacto positivo direto com a relação de compromisso, confiança e investimento com o Estado e com o povo amazonense.

JC – Quais os planos futuros da Recofarma levando em conta a atual situação do país? Pretendem investir em algo?
Alexandre – Seguimos com um plano de investir em torno de R$ 130 milhões nos próximos anos na fábrica de concentrados, tanto atualizando tecnologicamente os nossos processos, como também ampliando nossa capacidade de produção visando o crescimento do nosso negócio nos próximos anos.

JC – Pela sétima vez consecutiva a Recofarma recebe o reconhecimento industrial de maior exportadora do Amazonas, como é receber esse mérito?
Alexandre – Nos enche de orgulho porque esse resultado reflete o nosso compromisso com o desenvolvimento da região. Este reconhecimento coroa uma rica e honesta história de parceria, crescimento e cooperação entre a Coca-Cola Brasil e o Estado do Amazonas trazendo impacto e resultados positivos para a sociedade onde atuamos. Seguimos acreditando e apoiando o modelo da ZFM que tem sido efetivo na preservação da Amazônia, além da contribuição social de apoio às cadeias produtivas no interior do Estado.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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