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Segmento sem perspectiva

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A Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Construção (Abramat), aponta que a maioria do empresariado do setor prevê um cenário nada animador para outubro e nos próximos 12 meses.

Segundo o levantamento, 65% dos entrevistados consideram que o desempenho de vendas para o mercado interno em outubro será regular. Fatores como a instabilidade econômica e política contribuem para a falta de perspectiva positiva do empresariado das indústrias de materiais de construção.

Em Manaus, o setor de materiais de construção, também anda em baixa nos últimos meses, e a prospecção do comerciante local não é nada animadora para os próximos 12 meses.

Para a gerente administrativo da loja Grilo Materiais de Construção, Ketlen Bastos, as vendas vêm caindo muito, principalmente no período de chuva na capital. “Mas, um comerciante sempre deve ser otimista, mesmo com altos e baixos do setor, ele deve ter uma válvula de escape que, no nosso caso, é o cimento, o ´carro chefe´ que atrai os clientes para realizar vendas conjugadas com outras mercadorias adjacentes”, explica.

Ketlen disse que, atualmente, devido a falta de apoio dos órgãos competentes da própria região, o empresário do segmento está buscando mercadorias fora do Estado, como o cimento fabricado no Nordeste que são revendidos para o Amazonas no valor de R$ 21,00, com desconto. “E a abordagem, a boa recepção, a atenção voltada ao cliente como um todo é primordial. Pois muitos clientes voltam conosco devido a qualidade no atendimento. E em tempos de queda nas vendas, corremos para plano B, as promoções”, finaliza ela.

Mercado externo
Já para o mercado externo a indústria mostra otimismo, na qual 50% dos entrevistados acreditam que o mês de outubro apresentará bom desempenho. Enquanto 33% consideram o período como regular e 17% ruim.

Mais uma vez notamos que se mantém o temor do empresariado em relação a uma série de fatores que prejudicam o desenvolvimento do setor e a possível estabilização. A crise política-econômica, falta de investimento em obras públicas, financiamento dificultado, juros ainda muito altos e o desemprego elevado prejudicam as indústrias de materiais de construção”, ressalta Walter Cover, presidente da Abramat.

Termômetro ainda revela que em setembro, nenhuma das empresas está otimista sobre as ações do governo voltadas para o setor. Predomina certa indiferença das empresas com apenas 15% delas otimistas a esse respeito. “A leitura sobre ações do governo é fortemente influenciada pela baixa capacidade de investimento em todos os níveis de governo, além da piora nos financiamentos de moradias e no programa Minha Casa Minha Vida. Sem ações de estímulo, com foco no investimento e no crédito a indústria pode alcançar a estabilidade apenas no segundo semestre de 2018”, finaliza Walter Cover.

Sobre a Abramat
Desde a sua fundação, em abril de 2004, a Abramat acompanha e contribui para o crescimento da Construção Civil no país, atuando como interlocutora do setor junto ao Governo e aos demais agentes da cadeia produtiva da construção civil. A entidade conta atualmente com 50 empresas filiadas, que são as líderes na fabricação de materiais de construção dos diversos segmentos. Entre os temas que representam os focos de atuação da entidade estão: a competitividade da indústria, a desoneração fiscal de materiais para construção, a conformidade técnica e fiscal na produção e comercialização dos materiais, a profissionalização da mão-de-obra da construção e a responsabilidade socioambiental dos agentes do setor.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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