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Sefaz avalia que PIM vai se recuperar do apagão

A demora na liberação das mercadorias para as empresas do PIM (Polo Industrial de Manaus) no Teca (Terminal de Cargas) da Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária) já dura mais de um mês e os prejuízos para a indústria já ultrapassam a marca dos US$ 60 milhões, de acordo com informações do sistema Fieam (Federação das Indústrias do Estado do Amazonas).
Aproximadamente 30 empresas já paralisaram suas linhas de produção por conta da falta de insumos para a fabricação dos produtos. O segmento mais afetado continua sendo o de aparelhos eletroeletrônicos como os telefones celulares e os televisores LCD (display de cristal líquido).
Para o secretário de Estado da Fazenda do Amazonas, Isper Abrahim, o número de prejuízos para as fábricas do PIM já ultrapassa a faixa dos US$ 60 milhões, mas as empresas conseguirão se reerguer rapidamente. “As perdas financeiras com certeza serão recuperadas em um curto período, isso porque a atividade econômica amazonense está cada vez mais aquecida, o que reflete positivamente na arrecadação”, declarou.
Segundo Abrahim, problemas como esse têm a característica para que as empresas possam se fortalecer perante a concorrência no mercado. “A liberação da quantidade de produtos de bem final pode ser compensada futuramente. Nesse momento, o que não podemos fazer é nos alienar, mas trabalhar para fazermos os ajustes necessários e diminuir os problemas”, comentou.
O secretário informou ainda que a Sefaz (Secretaria de Estado da Fazenda do Amazonas) e a Receita Federal estão fazendo o possível para solucionar a demora na liberação e o acúmulo de mercadorias no Teca. O objetivo é melhorar a estrutura do local em médio prazo para que o problema seja resolvido.

Apesar do ritmo lento, polo descarta hipótese de demitir

De acordo com o diretor de marketing do sistema Fieam, Paulo Roberto Pereira, em torno de 50% da produção do PIM foi interrompida por conta da falta de insumos para a fabricação dos produtos. “Essas demoras aduaneiras geram a paralisação de toda uma cadeia produtiva. As empresas podem não sentir os efeitos agora, mas sentirão muito em breve. Essas peças que estão faltando devem ser pedidas com no mínimo um ano de antecedência para que o produto possa estar em perfeitas condições de venda e utilização”, observou.
Ainda segundo Pereira, o custo adicional não deve alterar o quadro funcional das fábricas. “Não vale a pena demitir funcionários que são adequados e preparados para trabalharem com as atuais condições de mercado”, enfatizou. “Outro ponto importante é que nada funciona de maneira isolada, ou seja, o problema da demora na liberação dos insumos afeta a toda a sociedade, além da indústria e do comércio”, completou.
Conforme o diretor, a falta de mercadorias para a fabricação dos produtos pode impactar nos resultados da PIA (Pesquisa Industrial Anual) realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Os estudos divulgados nessa sexta-feira, 7, refletem os números registrados de 1996 a 2007 e apontam que as atividades mais importantes em termos industriais são os segmentos de aparelhos eletroeletrônicos e de materiais para transporte (duas rodas), representando 17,3% e 16,1% da produção da indústria amazonense respectivamente .
Os dados informam ainda que as cinco maiores cidades com valor de transferência industrial são São Paulo, Macaé (RJ), Manaus, Duque de Caxias (RJ) e São José dos Campos (SP).
Já entre as empresas com maiores valores de vendas, segundo a pesquisa, estão a Petrobras, Companhia Vale do Rio Doce, Volkswagen do Brasil, General Motors do Brasil e Fiat. Os produtos com maiores índices de vendas são dos segmentos de motocicletas, televisão, celulares, bebidas e óleo diesel.
De acordo com o superintendente de disseminação do IBGE-AM, Adjalma Nogueira, os levantamentos são feitos com empresas com grande quadro funcional e bastante abrangência de mercado. “São conjuntos significativos que nos permitem avaliar a estrutura de cada um dos setores da indústria sob diferentes aspectos, com evolução de indicadores e características significativas”, finalizou.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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