Longe dos terremotos, furacões e tsunamis, o Amazonas, nos últimos dez anos tem sofrido muitos prejuízos por causa de dois fenômenos característicos da região. As grandes cheias e as enormes vazantes. Os estragos estão por todos os lados. A produção agrícola é totalmente prejudicada. Além do econômico o lado social também sofre. Milhares de famílias ficam desalojadas, nas comunidades mais distantes falta água potável, e o principal que é o peixe. Os governos se mobilizam e as Forças Armadas ajudam. A cadeia de solidariedade aumenta com o engajamento de voluntários. Mesmo com toda a tecnologia, durante todos esses tempos o amazônida sempre foi surpreendido e as providências nem sempre eram tomadas a contento.
Esse retrato fiel da situação nos tempos de enchentes e secas, dentro de pouco tempo deverá ser outro. Agora, o Governo do Estado pretende dar uma resposta baseada na prevenção. Por isso, é muito bem vindo o Centro de Monitoramento Hidrológico (Cemoham) que o Estado deve inaugurar nesta quinta feira (14). O Cemoham vai permitir que o Governo do Amazonas tenha acesso, em tempo real, as informações das mais de 300 estações hidrometereológicas espalhadas pelos rios do Amazonas e antecipe as ações preventivas aos eventos críticos que ocorrem no Estado, como por exemplo, a seca de 2005 e a cheia de 2012. Um centro dessa magnitude só foi possível devido as parcerias junto a CPRM, ao Sipam e a Agência Nacional das Águas (ANA). É a união de tecnologias a serviço de uma vida mais planejada.
Secas e cheias não mais serão as mesmas com o Centro de Monitoramento
Redação
Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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