No mesmo mês do ano passado, o saldo foi positivo em US$ 2,184 bilhões. Essa conta representa as principais operações financeiras do país com o exterior –balança comercial, a conta de serviços e rendas e as transferências unilaterais. O BC previa que as transações correntes ficassem próximas a zero em agosto.
O resultado é formado pelos superávits de R$ 3.534 bilhões da balança comercial de da conta de transferências unilaterais, de US$ 362 milhões. Já a conta de serviços e rendas ficou negativo em US$ 2.542 bilhões. Entram o resultado das remessas de lucros enviados ao exterior e os gastos com viagens internacionais.
No ano, o superávit em conta corrente é de US$ 5.020 bilhões –37,3% menor que o registrado nos primeiros oito meses do ano passado (US$ 8.003 bilhões). A expectativa de saldo para o ano era de US$ 10.7 bilhões e foi revisada para US$ 7.8 bilhões.
Já o balanço de pagamentos, que reflete as movimentações de recursos feitas com o exterior, encerrou julho com um superávit de US$ 3.874 bilhões e, no ano, de US$ 73.137 bilhões. O balanço inclui o resultado das transações correntes mais a conta capital e financeira (que representam as operações financeiras do país com o exterior, incluindo ingresso de investimentos estrangeiros).
A conta de capital e financeira teve saldo positivo de US$ 1.800 bilhão no mês passado e de US$ 68.636 bilhões de janeiro a agosto deste ano. Os investimentos estrangeiros diretos ficaram em US$ 2.040 bilhões e, no ano, em US$ 26.488 bilhões. O BC reajustou a previsão de US$ 25 bilhões para US$ 32 bilhões para este ano.
Investimento no exterior
Com a cotação do dólar baixa, o brasileiro tem viajado mais ao exterior e também gastado mais. O crescimento dessa despesa fez o Banco Central rever a projeção de saldo negativo na conta de viagens internacionais, de US$ 1.8 bilhão para US$ 2.8 bilhões.
