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Saldo cai 22,3% em setembro com importações em alta

A balança comercial apre­sentou em setembro um saldo positivo de US$ 3.471 bilhões. O de­sempenho, no entanto, representa uma queda de 22,3% sobre o mesmo mês do ano passado e de 1,8% sobre agosto. Os dados foram divulgados hoje pelo Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior).

As exportações somaram no mês passado US$ 14.166 bilhões e as importações US$ 10.695 bilhões. O saldo comer­cial menor em setembro é de­corrência do crescimento das compras de produtos importados, que crescem em um ritmo superior ao registrado pelas exportações. As vendas subiram apenas 12,6% em relação ao mesmo mês do ano passado, já as importações tiveram um incremento de 31,9%.

Um dos motivos para esse de­sempenho das importações é a valorização do real frente ao dólar. Esse movimento se intensificou neste ano –cola­bo­rando para o aumento da compra de produtos importados, já que eles ficam mais baratos no mercado interno. Outro mo­­­­­tivo é o aquecimento da economia e o consequente au­mento do consumo. Os resultados da quarta semana de setembro (dias 24 a 30) também foram divulgados pelo Mdic. O superávit comercial no período foi de US$ 1.391 bilhão, com exportações de US$ 4.269 bi­lhões e importações de US$ 2.878 bilhões.
O superávit comercial acumula uma queda de 9,5% no ano. Até setembro, o saldo da balança está em US$ 30.947 bilhões, contra US$ 34.214 bi­lhões no mesmo período do ano passado.

As exportações seguem com um ritmo de cres­cimento abaixo das importações e tota­lizam US$ 116.599 bilhões, um crescimento de 15,5% sobre os nove primeiros meses de 2006. Já as importações chegam a US$ 85.652 bilhões, um crescimento de 28,3%. No acumulado de 12 meses, o superávit está em US$ 43.190 bi­lhões, com exportações de US$ 153.450 bilhões e importações de US$ 110.260 bi­lhões. O saldo representa uma queda de 6,8% em relação a igual período anterior.

O mercado financeiro es­tima um superávit da ba­lança comercial de US$ 42 bilhões neste ano. Já para o ministro Miguel Jorge (De­senvolvimento), o saldo da balança comercial deve ficar entre US$ 43 bilhões e US$ 45 bilhões.

Governo espera superávit comercial mais baixo

O ministro Miguel Jorge (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) informou que o governo já espera superávit comercial (diferença entre importações e exportações) em torno de US$ 40 bilhões para o ano, ante projeção anterior de US$ 45 bilhões. O superávit comercial acumula uma queda de 9,5% no ano. Até setembro, o saldo da balança está em US$ 30.947 bilhões, contra US$ 34.214 bilhões no mesmo período do ano passado. Só em setembro, o saldo positivo foi de US$ 3.471 bilhões, uma queda de 22,3% sobre o mesmo mês do ano passado e de 1,8% sobre agosto.

Segundo ele, a redução do saldo da balança comercial não traz preocupações quanto ao aumento da inflação. “O importante é que as importações são de bens de capital, maquinário, e não de bens de consumo”, disse. “Não há preocupação do governo com inflação, que está dentro da meta. Houve preocupação com os preços na entressafra, mas eles já estão recuando.” Para o ministro, a indústria dá sinais de que a produção continua em expansão para atender à alta da demanda. Miguel Jorge citou o estudo do Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial), que aponta crescimento de 5% para a produção industrial neste ano.

Quanto à queda da quantidade exportada, Miguel Jorge descartou o processo como um movimento generalizado na economia. “Não houve queda na quantidade exportada como um todo. O setor automotivo, por exemplo, teve redução com o aumento de preços, mas isso não ocorreu em todos os setores”.

Miguel Jorge também descartou que exista gargalo na infra-estrutura do país. “O PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) deve ter aceleração a partir de agora”, afirmou. O ministro participou ho­je de reunião da Câmara da Construção, da Fecomercio (Federação do Comércio do Estado de São Paulo).

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Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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