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Rotas internacionais de Manaus

No primeiro semestre de 2016, a Infraero registrou 68 mil passageiros internacionais que embarcaram e desembarcaram no Aeroporto Internacional de Manaus. Este número representa uma redução de 40% em relação ao mesmo período do ano passado. Com a crise, até as companhias aéreas estão se adequando ao atual cenário brasileiro e vem fazendo mudanças em suas malhas aéreas internacionais. Só no ano passado na capital amazonense, foram cancelados os voos com destino à Miami (EUA) operado pela TAM Linhas Aéreas, Lisboa, para Portugal operado pela TAP Linhas Aéreas e Aruba e Caribe operado pela Insel Air. No entanto, mesmo diante de um cenário de mudanças e retração, as viagens internacionais ainda despontam na frente como os destinos mais procurados por amazonenses.
De acordo a proprietária da Agência Flyworld Viagens Manaus, Janaina Bessa, os países mais buscados continuam sendo dos EUA e Europa. Ela explica que, independente dos fatores econômicos a demanda é contínua, ainda que seja apenas para cotações. “Miami é o mais buscado pela facilidade do voo direto e tarifas mais acessíveis, que chegam a ser mais baratas que viajar para outras capitais brasileiras, como Salvador”, afirma. A empresária conta que, Lisboa em Portugal e Espanha sempre estão em alta na Europa por não necessitarem de visto para entrar no país, por um período de até 90 dias. “Geralmente os passageiros fazem essa dobradinha, desembarcam em Portugal, onde ficam durante alguns dias, e depois seguem para a Espanha”.
Referente ao cancelamento de alguns voos internacionais partindo de Manaus, Janaina argumenta que, não impactaram na procura do manauara por outros países, devido haver outras opções de voos. A empresária relata ainda que, até junho de 2016 a emissão de passagens aéreas com destino internacional foi considerada fraca em comparação ao ano passado. A retração econômica e a instabilidade cambial são apontadas como fatores para o baixo resultado. “Sentimos uma melhora no final de junho e início de julho, após o aquecimento da própria economia. Com isso, temos boas expectativas para o setor no segundo semestre”, conclui.
De acordo com a Infraero, atualmente são realizados, em média 144 voos internacionais regulares por mês com procedência/ destino para Miami (EUA), Curaçao (Caribe), Cidade do Panamá (Panamá) e Barcelona (Venezuela). A Infraero informa ainda que, no primeiro semestre deste ano, aproximadamente 33 mil passageiros internacionais embarcaram no aeroporto de Manaus. Já o número de desembarque chegou a 35 mil.

Primeira experiência no velho continente

A professora da Ufam (Universidade Federal do Amazonas), Larissa Albuquerque de Alencar, foi uma das amazonenses que arrumou as malas e embarcou em sua primeira aventura internacional. Durante dez dias o destino escolhido, foi a cidade de Valencia na Espanha. Ela foi palestrar e apresentar um artigo no Simpósio Internacional de Design como Processo, realizado na Universidade Politécnica de Valencia.
Mas é claro que, em seu roteiro de viagem estavam incluídos pontos turísticos para conhecer, entre eles o Palau de Les Arts, Monastério de San Miguel de los Reyes e o centro da cidade. Além de paradas para provar a alta gastronomia espanhola.
A professora queixou-se apenas do cansaço físico por conta das longas escalas até a cidade espanhola. Para ela, a implantação de rotas internacionais de Manaus que contemplasse o velho continente, teria facilitado a experiência. “A viagem de Manaus a Valência foi de 24h, além do tempo de espera e muita troca de voos que são cansativos para o passageiro, levei uns três dias para recuperar o sono”, relembra.
Contratempos a parte e com o sucesso da viagem, Larissa que também é cantora no Madrigal da Casa de Música Ivete Ibiapina, já pensa em conhecer outros lugares do mundo. “Quero viajar principalmente para a Europa, apesar do valor do euro a qualidade de vida e a comida de lá são muito boas”, argumenta.

Rumo às maravilhas argentinas e chilenas

Muitas pessoas são adeptas a filosofia que viajar é preciso, sozinho ou acompanhado, não importa. Para isso, guardam sempre um dinheirinho extra para a próxima aventura e provam que nem sempre é preciso mudar de continente para fazer viagens incríveis. Praias, desertos, cidades históricas, ilhas, sítios arqueológicos e parques naturais, além do acesso tranquilo e o baixo custo, costumam ser bons motivos para dar um pulinho na América do Sul.
E quem não resistiu a esses encantos foi a psicóloga Giselle Menezes. Ela conta que junto com a família, estão percorrendo toda a América do Sul. “Primeiro porque tem países fantásticos e segundo porque para viajar agora para outros continentes fica difícil por conta da crise. Já fomos para o Chile, Argentina e Uruguai, sendo que só para o Chile já viajamos três vezes, porque de norte a sul é um país incrível”, afirma. Segundo Giselle, somente depois de explorar todos os países vizinhos, ela e a família seguem rumo a outras américas. “Em janeiro de 2017 já estamos indo para uma parte do Caribe que fica na Colômbia chamada San Andrés. É muito lindo”, adianta.
Em relação aos custos da viagem, a psicóloga avalia como relativa. Ela explica que, sempre compra as passagens com antecedência e na maioria das vezes, paga com milhas. “O que acho realmente cara é a taxa de embarque. Para a Argentina, por exemplo, é uma média de R$300. Temos uma grande vantagem aqui que são as companhias aéreas não cobrarem 75% pelo bilhete do nosso filho de 3 anos. Mas já voamos em empresas de outros países e lá isso não existe. Criança e adultos pagam o mesmo valor”, conta. Todos os voos realizados pela família tiveram conexão com os aeroportos de São Paulo e Rio de Janeiro.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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