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Robótica e metaverso no recreio das crianças

Robótica, metaverso, programação, desenvolvimento e outras inovações tecnológicas estão mudando a cara do ensino público em uma escola municipal. Crianças do ensino fundamental da Escola Municipal Antônia Medeiros da Silva, localizada no bairro União da Vitória (zona Oeste), estão criando protótipos, manipulando simuladores e ‘brincando’ de montar circuitos há 3 meses. Pelo menos dois projetos teoricamente viáveis comercialmente já resultaram desta “brincadeira”. Um deles, o cestinho de lixo automatizado, foi apresentado ao vivo pelos alunos e equipe da Nobre no último episódio do Trends JC, diretamente dos estúdios do JCAM Streaming, na última quarta.

O que começou como uma iniciativa da diretora da escola Dilza Cibele e do proprietário da Nobre Academia de Robótica, Eder Nobre, há 3 meses, está ‘florescendo’.

O projeto de levar o ensino de tecnologia e inovação para os alunos da escola municipal na periferia está, não apenas provando que funciona, como pode vir a ser o maior gerador de mão de obra de tecnologia no futuro.

Para começar, não há um aluno que não goste de estar na escola e não há faltas nas aulas. “Eles adoram. Há muita concorrência para essa turma e em pouco tempo os resultados são incríveis, principalmente no que se refere à educação e à atração para o ensino”, avaliou Cibele.

Para as aulas de robótica, a equipe da Nobre utiliza uma sala no colégio. “Nós desenvolvemos uma grade para essas crianças e levamos nossos equipamentos para o local. Os circuitos, plataformas, equipamentos em geral que vêm sendo utilizados, são investimentos da Nobre”, explicou Cristiano Alves, um dos professores da Academia de Robótica.

Por enquanto, a iniciativa é um embrião da dupla Eder-Cibele. A ideia do projeto em conjunto, é multiplicar esse modelo de ensino para outras escolas. “Queremos propor um método de escala, onde ajudamos a formar os profissionais e estes, depois de aptos, tornam-se professores e multiplicam o ensino. Nosso foco é a periferia e, para isso, vamos buscar agregar mais forças ao projeto”, garante Bruno Alencar, sócio da Nobre. 

A proposta da Academia é levar tecnologia e inovação a comunidades carentes e gerar mão de obra nessa faixa da população. “O mercado está aumentando a demanda e precisamos acelerar a qualificação, capacitação e formação de mais profissionais. Atuando nas escolas da periferia, além de garantir a segurança dessas crianças, podemos abrir para elas novas oportunidades no futuro”, explicou.

Presentes à entrevista no estúdio do JCAM Streaming, os alunos Kezia e Davi falaram sobre o projeto e montaram sozinhos um outro produto: um circuito que forma emojis de led. Enquanto trabalhavam, os estudantes garantiram: vão trabalhar com robótica no futuro. “Eu adoro as aulas. Nunca tinha estudado tecnologia antes e hoje já entendo e acho bem fácil. Montar esses circuitos foi bem fácil”, disse Kezia.

Davi também teve seu primeiro contato com robótica recentemente. Para ele, o futuro está bem claro. “Vou continuar nessa área. Meu objetivo é estudar muito para crescer nessa profissão”.

Quanto a nós, como sociedade, apenas esperamos que as secretarias de educação, escolas, tanto da rede pública, quanto da rede particular, olhem para essa iniciativa e copiem o modelo, por que, simplesmente, não há criança que não queira estudar robótica e tecnologia. “São crianças nascidas na internet. É claro que para eles é mais interessante olhar para esses assuntos”, comenta Cibele.

Enquanto isso, a fila para se matricular nas aulas na escola Antônia Medeiros, na União da Vitória, só cresce.

Lílian Araújo

É Jornalista, Artista, Gestora de TI, colunista do JC e editora do Jornal do Commercio
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