10 de dezembro de 2024

Riscos que ameaçam os negócios

Riscos que ameaçam os negócios

A pandemia do novo coronavírus, mudanças climáticas, a relação política entre Estados Unidos e China, além de ameaças cibernéticas e possibilidade de perder oportunidades na retomada são os principais riscos para o mundo dos negócios em 2021. É o que aponta um relatório publicado nesta segunda-feira (11) pela consultoria global Control Risks.

A divulgação faz parte do estudo anual RiskMap e traz detalhes de uma previsão mundial de risco para líderes de negócios e formuladores de políticas públicas.

Dentre os cinco principais riscos, o perigo de perder a retomada em um ano de complexa recuperação é o mais agravante para os negócios em 2021, explica o CEO da Control Risks, Nick Allan.

“Não há dúvida de que os negócios continuarão a enfrentar desafios consideráveis trazidos pela pandemia do coronavírus, mas nós acreditamos que as oportunidades são reais e empolgantes para várias empresas em 2021. Mudou o relacionamento entre empresas e governos e entre empresas e sociedade. E será fundamental para as estratégias de negócios”, diz Allan.

A consultoria ainda ressalta que as empresas que monitorarem o cenário com precisão, avaliarem tendências e mostrarem flexibilidade na adaptação de suas operações se beneficiarão de um esperado

aumento de demanda.

Confira os cinco principais riscos para 2021:

1. Um mundo com Covid-19

2021 será um ano de recuperação desigual à medida que surge um mundo com e sem vacina, com regiões em que a Covid-19 continuará se disseminando. A competição será intensa entre nações e dentro

delas. As contas públicas sentirão o peso desta nova dívida, empurrando alguns países contra a parede e forçando outros a uma austeridade prolongada.

As relações entre o Estado e os negócios e entre a sociedade e os negócios serão fundamentais para o empresariado. Se 2021 não marcar o fim da pandemia, será o ano que determinará o que resta

quando o pior passar.

2. Estados Unidos-China: estabilização sem normalização:

Embora 2021 deva registrar uma estabilização superficial na relação EUA-China, os dois países continuarão se enfrentando em uma série de questões. Ambos estão discretamente dispostos a reatar os laços e se concentrar nos problemas internos, e assim podemos esperar a retomada da cooperação em temas como mudanças climáticas.

A China está em seu próprio “momento histórico crítico”, com seus desafios internos superando os externos. Caso o governo Biden venha a se concentrar em questões como direitos humanos e esforços para coordenar pressões multilaterais sobre a China, haverá um conflito com os interesses centrais de Pequim. Haveria risco de retaliação, e a escalada das tensões ressurgiria.

3. Seja ecológico ou quebre

Um ponto de inflexão está chegando para a relação entre negócios e mudanças climáticas em 2021. Nenhuma organização pode agora se dar ao luxo de não tomar uma posição. À medida que os efeitos

agudos e crônicos das mudanças climáticas pioram, dezenas de nações e a União Europeia têm se comprometido a zerar as emissões de carbono líquidas, de forma que todos os membros do G7

provavelmente se comprometerão com um cronograma de neutralidade de carbono.

Por isso, o novo governo Biden prometeu reintegrar o Acordo de Paris no primeiro dia de seu mandato, enquanto governos vincularão o investimento internacional e a política comercial a ações sobre as mudanças climáticas.

Já os retardatários precisarão considerar um futuro em que a falta de ação corroerá a competitividade e reduzirá os mercados de exportação.

4. Aceleração digital ameaça emergentes

A rápida adoção de novas tecnologias continuará em 2021, trazendo uma conectividade cada vez maior. Com a conectividade vem a exposição, e as aquisições aceleradas aumentarão os riscos. Dessa

maneira, os riscos regulatórios, incluindo sanções e proibições para a aquisição de tecnologia estrangeira, aumentarão em 2021.

Com blocos geopolíticos ideológicos e pragmáticos surgindo rapidamente, os desafios para os negócios representarão também oportunidades para os perpetradores de ameaças cibernéticas. Eles tirarão vantagem do aumento da conectividade e da adoção rápida, mas deficiente, de soluções. Em 2021, as empresas em todo o mundo terão de equilibrar a busca pela inovação tecnológica com os desafios de segurança, integridade e resiliência.

5. Perder o bonde da retomada

Este ano verá um forte crescimento do PIB em vários mercados, o lançamento de vacinas e um mundo ansioso por começar a viver novamente. Embora o progresso esteja caminhando lentamente, uma melhora está por vir. Se 2020 foi uma questão de sobrevivência para muitas empresas, 2021 é o momento para focar nas oportunidades.

Sob a ameaça da Covid-19, muitas empresas conseguiram se readequar e evitar a falência. Por meio da inovação, rápida adoção e simplificação da tecnologia, elas puderam emergir mais fortes, enquanto os concorrentes mais fracos caíram.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.

Veja também

Pesquisar