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Rio-2016 não impulsiona vendas de TVs

Com a proximidade das Olímpiadas 2016, um pouco do mesmo fenômeno que registrou altas vendas de TVs com tela LCD ocorrido na Copa do Mundo de 2014, pode se repetir. A produção do PIM (Polo Industrial de Manaus) até abril, registrada pelos indicadores as Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus), superou as 2.270 milhões de unidades. As vendas até então somam R$ 3.455.300.000 (ou US$ 938.797.087), fazendo das TVs do PIM o produto líder no mercado. Ainda longe das quase 12.981.065 de unidades vendidas no ano da Copa e sem o mesmo entusiasmo do mundial, o comércio brasileiro comemora o aquecimento. No Amazonas, a maior entusiasta é a superintendente da Suframa, Rebecca Garcia. “Os Jogos Olímpicos Rio 2016 estão mantendo aquecida a comercialização de televisores no Brasil”, disse Rebecca.
Sem o mesmo apelo que a Copa do Mundo, as vendas de TVs LCD nas Olimpíadas podem não chegar tão alto no pódio, conta o presidente do Cieam (Centro da Indústria do Estado do Amazonas) Wilson Périco. “São bons números, de produção e venda. Ainda falta crédito para a aquisição de mais aparelhos no mercado interno, no momento, o mais interessante para a indústria e comércio. E o apelo comercial da Copa do Mundo garantiu as boas vendas, porém as Olimpíadas não são tão atraentes”, explica.
Para o presidente da ACA (Associação Comercial do Amazonas) Ismael Bicharra, apesar da esperança, não há muita motivação para compras. “As datas festivas próximas, como Dia das Mães e dos Namorados, foram de poucas vendas e de pequenos objetos. Uma TV ainda é um artigo caro para um país que está endividado e desconfiado com os rumos da politica e economia”, comentou Bicharra.
A falta de animação se une ao fato de os parelhos já haverem sido trocados na Copa, explica o presidente da CDLM (Clube dos Dirigentes Lojistas de Manaus), Ralph Assayag. “Nossas lojas têm se preparado para o período, mas não podemos contar com o mesmo volume de vendas conseguido no campeonato mundial. Era um outro momento na economia e se podia trocar de aparelhos. Se vai haver alguma mudança positiva, acreditamos que seja para fins de julho que é quando realmente inicia o segundo semestre para o comércio, um período natural de melhora”, ressalta Assayag.
Segundo o presidente da CDLM, a alta produção não significa que o mercado esteja aquecido, pelo menos no Amazonas. “Muito do produzido fica no mercado nacional, mas Manaus pouco consome do montante. As Olimpíadas não têm o mesmo apelo comercial e o que era para ser gasto, foi na Copa”, resume. Ainda segundo Assayag, o momento atual impede que haja movimentação econômica como em outros tempos. “Não há em andamento planos ou obras do governo que façam o dinheiro circular. A isso se alia a instabilidade política. O que podemos fazer é esperar que tudo se resolva até agosto”, conclui.

Futebol influencia vendas

De acordo com o gerente da City Lar, Wanderely Teixeira, pouco se espera das Olimpíadas. “Os campeonatos que estão acontecendo, Eurocopa e os estaduais, têm garantido as vendas, já que não se compram TVs para assistir novelas. Nos últimos meses as vendas subiram cerca de 30%”, afirma.
A loja de departamentos no Centro da cidade há muito não comercializa TVs de LCD. “Desde a Copa não temos a mesma demanda e as TVs de LED dominaram. Além de serem mais baratas, facilitamos o pagamento. Outro fator que praticamente tirou as LCDs do mercado foi na chegadas smart TVs, todos buscam estarem conectados e esse modelo resolveu muito bem”, fecha.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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