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Riamy: “a empresa sou eu”

Lilian D’Araujo

@lydcorr

A pandemia mudou o rumo da vida da maioria da população mundial e encerrou muitos negócios. Mas, se por um lado foi a causadora de demissões e perda de poder aquisitivo de muitas famílias, também foi a mola propulsora de novos negócios. É o caso de muitas mulheres que se tornaram empreendedoras por necessidade, como Riamy Almeida, advogada, que decidiu dar uma guinada na carreira em busca de melhorar sua renda. E foi essa história que ela contou às meninas do JC, durante o programa/podcast “Trends” nesta quarta-feira, 06/7.

Diante da realidade imposta pela pandemia, Riamy precisou buscar oportunidades para manter seus ganhos e a escolha da nova empreendedora foi a franquia Lavô Lavanderia, com unidade inaugurada na Ponta Negra. “Como tudo na nossa vida hoje, as redes sociais me influenciaram muito na hora de escolher um negócio. Vi pelo Instagram algumas opções e decidi por esta. Estamos há 3 meses no mercado e os resultados são incríveis”, contou.

Inclusive, a Lavô Ponta Negra deu tão certo, que a empreendedora já avisou: vai abrir uma nova unidade no bairro de Flores e, quem sabe uma terceira loja venha compor seu leque de negócios. “O bairro de flores está muito desabastecido de negócios como a Lavô. Estamos chegando lá em breve e teremos surpresas para os moradores da área”, deixou escapar um spoiler.

O sucesso meteórico de Riamy é mérito todo dela. Como mulher empreendedora, ela também precisou enfrentar as desconfianças que o mercado demonstra com uma liderança feminina. “Sempre há o ‘risco mulher’ na hora de buscar financiamento, pois a mulher pode sempre engravidar, ou ‘perder o foco’. Sempre há aquele clichê de que o marido nos ‘deu’ um negócio para gerir. Não. A empresa sou eu”, posiciona.

‘Risco mulher’

Elas já não são mais a minoria. As mulheres estão dominando o mercado empresarial, aos poucos. Mas, a intenção em abrir um negócio sempre esbarra nas diferenças de tratamento de gênero, principalmente na hora de buscar financiamento para abrir um negócio. Segundo estudo feito pelo Sebrae, com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnadc), a participação das mulheres empreendedoras no universo de donos de negócio no Brasil (34%) ainda está abaixo da melhor marca histórica, registrada no 4º trimestre de 2019, quando elas representavam 34,8% do total. Acontece que 52% da população brasileira é formada por mulheres. Segundo especialistas, essa diferença acontece na hora de buscar financiamento, por exemplo. “Quando eu fui levantar os recursos para abrir o negócio, esbarrei na dificuldade de liberação de linhas de financiamento no banco. E aí, tive que partir para o plano b, vender terreno, carro. Felizmente, eu tinha essa opção”, revelou Riamy Almeida.

A franquia

Para a empreendedora, o diferencial da Lavô Lavanderia, é o modelo de negócios. Para começar, a franquia trabalha com um negócio autogerenciável, considerado uma das maiores revoluções do mercado atualmente e, além de ser vantajoso para os clientes, também tem sido muito atrativo para os empreendedores.

A rede acompanha a tendência de operações inteligentes e está alinhada com os novos traços do comportamento dos consumidores, tornando o empreendimento autogerenciável, onde o cliente leva suas peças e manuseia as máquinas de acordo com sua necessidade. “É uma lavanderia express, de autosserviço e que funciona 24 horas por dia e trabalhamos com o menor preço do mercado”, garante. 

Riamy explica que o valor é de R$ 15 por cesto de roupas que mede o volume da capacidade das máquinas. Portanto, o valor depende do volume no negócio self service da Lavô Ponta Negra. 

O segredo do sucesso do negócio de Riamy é a sua conexão com a gestão do empreendimento. Com o Lavô Ponta Negra, ela descobriu sua vocação para influencer digital e sabe como ninguém vender o seu negócio. “Gravo meus vídeos e dou uma cara para o empreendimento. Pelas redes sociais, o cliente já me conhece e sabe que está falando diretamente comigo, a dona do negócio”.

Riamy fez o caminho contrário da maioria da população. Enquanto muitos fecharam as portas, ela abriu uma. E fez muito pelo mercado, pois está oferecendo um serviço barato a uma população que está trabalhando o dobro para não deixar faltar nada dentro de casa. Ela gerencia o negócio; dá a cara para o serviço; atende de forma diferenciada seus clientes; está projetando novas unidades e ainda faz vídeos divertidos nas redes sociais. Ufa! quanta, coisa, não? Coisa de mulher.

Lílian Araújo

É Jornalista, Artista, Gestora de TI, colunista do JC e editora do Jornal do Commercio
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