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Retomada da economia pressiona inflação

Impulsionados pela recuperação da economia, os preços aos consumidores e os valores cobrados no atacado começaram a acelerar. Segundo o IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado), medido pela FGV (Fundação Getulio Vargas), a inflação em janeiro foi de 0,63%. Em dezembro, o índice havia registrado queda de 0,26%.
Houve aumento de 0,51% dos preços no atacado e de 1% da inflação ao consumidor, medida em sete capitais. Nessas cidades, o incremento dos custos da construção civil foi de 0,52%.
Hoje, a Abras (Associação Brasileira de Supermercados), que divulgou seu balanço de 2009, disse que já sentiu pressão inflacionária no atacado. Apesar disso, analistas afirmaram que os preços podem não subir para o consumidor brasileiro, pois há indústrias que ainda contam com capacidade ociosa e há condições de elevar a produção.

Taxa de juros

Nesta e na semana passada, outros índices de inflação também mostraram a tendência de alta. O IPCA-15, prévia do indicador usado na definição das metas oficiais de inflação, avançou e, em 12 meses, indicou elevação de 4,31%, percentual muito próximo a meta estabelecida pelo governo, de 4,5%. A inflação próxima ao centro da meta pressiona o governo a aumentar a taxa de juros.
Segundo a FGV a aceleração da inflação está ligada à reacomodação do nível de preços na indústria, que caíram bastante durante a crise, ao início da recuperação das cotações dos fertilizantes e à correção de preços administrados ou sazonais, como as tarifas de ônibus urbano e as mensalidades escolares.
Salomão Quadros, coordenador de Análises Econômicas da FGV, afirma que a inflação de janeiro sinaliza que o período de queda de preços ficou para trás, mas ressalta que o número não indica um novo padrão para a inflação mensal neste ano.
“Certamente, a inflação será maior do que foi no ano passado, mas não será tão alta como vimos em 2008.” Segundo ele, a tendência é que os índices se mantenham altos até que os preços se recuperem. A valorização do dólar no início deste ano é outro fator que acentua esse processo. Feita a correção, disse, os índices mensais devem ceder e se ajustar ao ritmo de crescimento da economia.
Em 12 meses, a variação do IGP-M continua negativa, a exemplo do que ocorreu no final do ano passado. Até este mês, a retração foi de 0,67%. O IGP-M é usado para corrigir contratos, como os de aluguel.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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