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Resultado do trimestre mostra recuperação

O número de empregados no Amazonas aumentou em 1.321 durante o mês de março, um crescimento de 0,29% se comparado com o mês anterior. O setor de serviços foi o que mais contratou. Foram 761 novos funcionários, contra 591 da indústria da transformação que ocupou o segundo lugar. Os dados foram divulgados ontem pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) e levam em conta o número de funcionários celetistas admitidos e desligados durante o mês anterior.
Para o Superintendente SRTE-AM (Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Amazonas), Dermilson Chagas, os números são considerados positivos e devem melhorar para os próximos meses, principalmente no comércio, em virtude do Dia das Mães. “Está vindo um processo de datas comemorativas nos próximos meses. Há mais necessidade de produzir e de empregar” explica. O comércio apresentou crescimento de 0,1% com 84 novos empregos no mês anterior.
No trimestre, foram 2.416 pessoas empregadas a mais em relação ao final de 2012, um crescimento de 0,54%. Se levarmos em consideração os últimos 12 meses o crescimento é de 2,77%, com 12.238 novos empregos, segundo melhor resultado da região Norte, ficando atrás do Pará. Dermilson Chagas ressalta que o saldo dos próximos meses deve ser positivo e superar 2012. “O governo está fazendo todos os esforços para poder melhorar o andamento da geração de emprego para que a inflação não chegue na porta e a economia se mantenha estável. Reduziu o ICMS da energia. Deu incentivo para indústrias que produzem toda parte vertical dos ar-condicionados, por exemplo. Esperamos que isso venha refletir e permitir a demanda que vem de fora. Esperamos e torcemos para mais contratações e que o nível de produção aumente e o mercado mostre estabilidade” completou.

Construção civil em baixa

O setor de construção civil apresentou queda de 1,52% em relação a fevereiro, com 181 desligamentos a mais que admissões. Para o superintendente do SRTE-AM isso acontece em virtude do período chuvoso que impede o desenvolvimento e a construção de novas obras. “A construção civil espera o momento adequado. Vejo isso como natural. Chuvas torrenciais impedem novos projetos. Existem muitas obras suspensas e um mercado propício para construção civil como a própria copa do mundo. Acredito que seja natural do período”, explicou.
Também apresentaram queda os setores de Serviços Indústrias de utilidade Pública com 166 empregos gerados e a área de extrativismo mineral com um déficit de menos seis empregos.

Interior apresenta queda

Manaus teve 16.431 contratados em março contra 14.793 funcionários desligados, um crescimento 0,39%, acima da média estadual e nacional. No entanto o interior do Estado apresentou uma queda de 2,55% no número de funcionários contratados. Itacoatiara por exemplo teve uma redução de 0,43% com 125 contratações e 150 demissões. “O interior precisa de fomentação e estrutura. Itacoatiara teve o termino da construção do porto para abastecimento de navio e isso com certeza refletiu nesses números.” Explicou Dermilson Chagas.
Maues foi a cidade com o maior índice de diminuição de emprego foram -4,48% de empregos gerados em relação ao número de desligamentos. Para a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Amazonas isso acontece por causa da mudança de governo e o desligamento com empresas que prestavam serviços a prefeituras anteriores. “A maquina pública tende a funcionar a partir do mês cinco. No interior a maioria dos empregos são gerados por prefeituras e órgãos públicos, isso explica estes números negativos” explicou.

Salário tem se mostrado inferior a 2012

No 1º trimestre de 2013 o salário médio real no Amazonas é de R$ 980,13. Menos 3,66% em relação ao 1º trimestre do ano passado. Ocupando a 3º posição no Norte, atrás de Pará e Acre. Em 2012 o salário médio era de R$ 1.017,41 e ocupava a primeira posição na região. O número é inferior a média nacional que é de R$ 1.079,92. Dermilson Chagas explica que essa diminuição no salário ocorre justamente por causa do aumento no número de empregados.
Outro dado apresentado pela pesquisa dá conta que as mulheres continuam recebendo menos que os homens. No Amazonas o salário de admissão de uma mulher equivale a R$ 926,61 em média. Já o dos homens vai a R$ 1.0006,89. “As mulheres podem receber salários mais baixos, mas em termos de aumento relativo à conquista foi bem maior do que os dos homens. Por que elas tão se inserindo no campo das exatas, construção civil, engenharia. São segmentos que pagam melhor” explica.
O salário de admissão nacional está na casa dos R$ 1.079,92. Sendo R$ 2.529,19 para quem tem ensino superior, R$ 986,52 pra quem apresenta Ensino Médio e R$ 950,00 para quem tem ensino fundamental.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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