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Relator critica reforma eleitoral aprovada

Um dos relatores da reforma eleitoral no Senado, o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), afirmou na quinta-feira à Folha Online que a pressa dos deputados em analisar as mudanças nas regras eleitorais aprovadas pelos senadores prejudicou ajustes importantes no sistema eleitoral do país.
O tucano considerou “grave” a rapidez com que os deputados retomaram a votação da reforma e disse esperar que o comando do Senado se manifeste sobre a forma como os deputados votaram o texto. Azeredo disse que um dos principais prejuízos foi a derrubada da emenda que permitia que candidatos à Presidência da República pagassem por anúncios em sites jornalísticos.

Pagar anúncios

“A questão mais relevante feita pelo Senado era em relação à atuação dos sites jornalísticos e isso foi preservado. Agora, é uma pena que eles (deputados) tenham retomado a restrição para que candidatos à Presidência da República paguem anúncios em sites de empresas de comunicação. Esse era um avanço importante”, disse.
Um dia depois de o Senado aprovar a reforma eleitoral, a Câmara decidiu analisar a matéria e mudar o texto. Apesar de manter a internet livre com pequenas restrições, os deputados recuaram na proposta que impedia a candidatura de políticos com “ficha suja”, restabeleceram a questão do voto em trânsito e rejeitaram a emenda que previa eleição direta para a escolha dos substitutos de prefeitos, governadores e presidente da República cassados por crimes eleitorais.

Decisão apressada

“O recuo nessas questões foi uma decisão apressada da Câmara. Eu não quero polemizar e espero que a direção do Senado se manifeste sobre a forma como os deputados analisaram estas questões”, disse Azeredo.
Na Câmara dos Deputados, na quinta-feira, alguns líderes reclamaram do tempo gasto pelo Senado para analisar a reforma e da quebra de um compromisso informal de que seria mantido a reforma assinada pelos deputados.
O líder do PSDB na Câmara, José Aníbal (SP), reforçou as críticas de Azeredo. O deputado questionou o fato de os deputados terem analisado a reforma mesmo com o texto ficando cinco semanas no Senado e com a inclusão de mais de 60 emendas.

Ajustes em leis

O Senado fez aprimoramentos importantes, inclusive de
forma decisiva com relação à internet. Mas infelizmente o colégio de líderes, com exceção do PSDB, decidiu por votar o texto da Câmara acolhendo apenas o que se refere à internet. E se não acatasse essa questão seria uma vergonha, porque a Câmara errou ao não liberar a internet”, afirmou.
O líder do DEM na Câmara, Ronaldo Caiado (GO), minimizou as críticas e saiu em defesa da agilidade dos deputados. “Não fizemos uma reforma política. Foram ajustes em leis que já existem”, disse.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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