Pesquisar
Close this search box.

Relacionamento ou aprisionamento

O Artigo de hoje é sobre os programas de relacionamento e fidelização de algumas empresas, que em alguns casos se tornam verdadeiros “programas de aprisionamento”. Entende-se como estratégias de Marketing de Aprisionamento toda tentativa por parte do fornecedor do produto ou serviço que, através de cláusulas contratuais ou outra ferramenta qualquer (incluindo aí o monopólio no mercado) restringe ou impede que o cliente tenha acesso à concorrência, sob ameaça de sofrer penalidade.
Mas não são todas as empresas que fazem isso. Por exemplo, não é o caso do restaurante que faz uma promoção onde o cliente é premiado ao utilizar os seus serviços por um número determinado de dias. A crítica é para as empresas que usam de ferramentas para que os clientes não tenham outra opção a não ser acatar o que oferecem (e mal!) ou pagar pesadas multas de rescisão contratual.
Um exemplo clássico é o das operadoras de telefonia móvel. Para conseguir mais clientes e aumentar sua base, oferecem bônus, ligações gratuitas e aparelhos modernos grátis. Mas para ter acesso a isso tudo o consumidor deve se “amarrar” a um contrato de no mínimo, um ano. O aparelho, por via das dúvidas, vem bloqueado. Outro dia estava assistindo os comerciais de algumas operadoras, uma oferecia as tarifas mais baratas (o problema é que a mesma tem um problema sério de cobertura em nossa capital…) a outra prega a liberdade – uma alusão ao marketing de aprisionamento – mas esquece de contar que para renovar o contrato com ela, os clientes corporativos tem que assinar fidelidade por mais dois anos.

E assim a vida continua
Registre-se o fato de não ser dito aqui que não é legítimo a empresa se prevenir e defender o seu investimento, segurando o cliente pela força do contrato. Pelo contrário. É justo que ela tenha como reaver o seu investimento, mas o correto seria que fizesse isso com boa prestação de serviços, o que normalmente não ocorre. De outra forma o cliente não ficaria ávido para o término do contrato. Embora muitas empresas ainda achem que forçar o cliente em sua base é uma forma de se manter no mercado, pode-se perceber que não é uma boa estratégia para o longo prazo, pois o consumidor (ele só é cliente por força de contrato) ao se perceber insatisfeito com os serviços prestados se sentirá frustrado pelo fato de não ter a liberdade de escolha, e ao menor sinal de folga (pelo vencimento do contrato, por exemplo) a primeira coisa que fará é correr para a concorrência, que mesmo não sendo melhor, tornou-se uma opção válida em relação ao que estava sendo forçado a agüentar.
Contratos mais curtos, maior liberdade de escolha ao cliente e prestação de bons serviços deveriam bastar para que o cliente continuar com a empresa que lhe presta serviço, mas sabe-se que não é assim. O cliente precisa ser envolvido, seduzido e surpreendido de forma positiva. E aí está o desafio das empresas que trabalham com ações de Marketing de relacionamento. Descobrir como fazer isso!

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
Compartilhe:​

Qual sua opinião? Deixe seu comentário

Notícias Recentes

Pesquisar