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Região metropolitana finaliza discussões sobre plano diretor

Após três anos de existência, a chamada RMM (Região Metropolitana de Manaus), que compreende oito municípios – Itacoatiara, Manacapuru, Iranduba, Careiro, Presidente Figueiredo, Rio Preto da Eva, Novo Airão e Manaus, prepara-se para receber, no segundo semestre do ano, o Plano Diretor para direcionar os investimentos e aumentar o índice de desenvolvimento destas cidades. Segundo o secretário da RMM, René Levy, projetos em andamento, como o gasoduto, a ponte sobre o rio Negro e a preparação para a Copa de 2014, serão as principais molas de desenvolvimento do traçado metropolitano, que precisam ser administradas para serem melhor aproveitadas.
“A criação da Região Metropolitana previa o desenvolvimento de um plano diretor, para alcançarmos um desenvolvimento compartilhado”, explicou Levy.
Para o secretário, o plano diretor vai direcionar as ações que vão levar mais desenvolvimento aos municípios do entorno de Manaus, definindo prioridades de investimento e enumerando problemas a serem resolvidos, como a questão da destinação final de lixo.
“O problema do lixo é crônico e complexo. Muitos municípios não possuem um aterro sanitário e utilizam o espaço de Manaus, pagando mais caro pelo transporte desse lixo e pela destinação dos resíduos. O plano diretor pode identificar áreas propícias para viabilizar um aterro sanitário que possa ser utilizado e compartilhado por dois ou três municípios, poupando tempo, dinheiro e área”, exemplifica o secretário.
Além de definir metas e direcionar ações, o plano diretor que está sendo discutido com representantes políticos, executivos, empresariais e civis dos municípios envolvidos, o projeto vai determinar o sistema de governo adequado para o território, já que se trata de um grupo de cidades estratégico para o desenvolvimento do Amazonas, na opinião de Levy. “Esta área metropolitana vai ter que lidar com a chegada de mais investimentos industriais, com a construção da ponte, com aumento de produção rural, distribuição de gás, já que o gasoduto passa por muitas destas cidades. Enfim, é um grupo de municípios estratégicos”, afirmou.

Reuniões com representantes

As reuniões com os representantes dos municípios envolvidos na RMM já iniciaram, sob a liderança do governo do Amazonas. As audiências públicas devem definir o Plano Diretor da Região Metropolitana de Manaus e o Plano Urbanístico da Margem Direita do Rio Negro.
As oficinas, coordenadas pela SRMM (Secretaria da Região Metropolitana de Manaus), irão aos oito municípios que formam a RMM e envolverão vários segmentos da população, incluindo os poderes executivos estadual e municipal, poder Legislativo, representantes da sociedade civil organizada, universidades e a população em geral.
A primeira reunião sobre o Plano Urbanístico da Margem Direita iniciou em Iranduba. Este mês, começam as audiências em Manacapuru, Rio Preto da Eva, Presidente Figueiredo, Careiro e se encerram em Manaus.
O secretário da Região Metropolitana, René Levy, explicou que o Plano Metropolitano é comparável ao plano diretor dos municípios. “Por isso é que a discussão deve envolver toda a sociedade organizada, uma vez que a consolidação da região já está em curso, com a construção da ponte sobre o rio Negro”.

Ponte será alternativa para indústria

O que é, historicamente, um modelo de desenvolvimento quase exclusivo da cidade de Manaus, o polo industrial, passa a ser uma alternativa real de desenvolvimento também para os outros municípios que integram a Região Metropolitana de Manaus. Com a viabilização do gasoduto e a construção da ponte sobre o rio Negro, já começam a surgir as novas oportunidades de negócios nas outras cidades. Segundo René Levy, o governo do Amazonas já está recebendo grupos industriais interessados em se instalar em Manacapuru, Iranduba e Itacoatiara. “O polo industrial da cerâmica em Iranduba, por exemplo, já começou a fazer um upgrade e está começando a produzir novos estilos de cerâmica. Não será mais só a vermelha, mas também, a branca e a fina”, comenta.
Com a finalização da obra da ponte, a tendência, segundo o governador do Amazonas, Eduardo Braga, é que haja uma corrida industrial nestas áreas por novos espaços, com incentivos, mas com preços de terra mais baratos, mão-de-obra e proximidade com as matérias-primas. “É o conceito de desenvolvimento compartilhado. Se em Manaus o terreno para construir a empresa está mais caro, Manacapuru pode oferecer uma condição melhor, a poucos quilômetros da capital”, explicou o secretário.
Segundo René Levy, ao final deste mês, todo o tabuleiro da margem esquerda da ponte será concluído, juntamente com a torre central do mastro, totalizando 73% da obra concluída. “Vamos entregar esta que é considerada a maior obra de integração estadual do mundo, dentro do prazo e depois das eleições, para que isto não contamine o pleito.
Um total de 3.300 pessoas trabalham na obra da ponte sobre o rio Negro, de acordo com informações da SRMM. Todas as definições que irão constar do plano diretor da região, estão sendo discutidas por um Conselho formado por 24 representantes dos oito municípios.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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