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Refinadora Eternal aposta na conservação ambiental

Sendo a única rerrefinadora da região Norte e uma das poucas do país, a Eternal atua há quase 40 anos em Manaus com a proposta de diminuir o impacto causado ao meio ambiente, recolhendo o óleo lubrificante queimado nos diversos setores que utilizam máquinas, motores e geradores da cidade, dando a destinação correta para a substância.

Segundo o diretor da companhia, Jayme Chaves, muitos empresários de Manaus dão um destino final “criminoso” para o óleo usado, misturando-o com outros produtos químicos para venderem novamente, vendendo para extratores ilegais de madeira, ou despejando em ralos ou igarapés, sendo este último um dos mais nocivos à natureza, visto que 1 litro de óleo lubrificante pode contaminar cerca de 1 milhão de litros de água.

“Devido à necessidade de nossos clientes em tomar mais cuidado com essa parte ambiental, passamos a investir na área. Temos dentro da Eternal hoje um parque de incineração que dá fim a todos os resíduos utilizados em muitas indústrias de Manaus, inclusive os da nossa própria fábrica”, informou. A empresa possui também uma Etao (Estação de Tratamento de Água e Óleo), que como o próprio nome já diz, faz o tratamento de água contaminada por produtos químicos, como solvente, por exemplo. Uma ETE (Estação de tratamento de efluentes) também funciona no parque industrial da Eternal.

O óleo volta com as mesmas condições de lubrificação para o mercado, depois de passar por um tratamento com aditivos e de acordo com Chaves, ele retorna ainda mais puro que da primeira vez, pois impurezas que não foram possíveis retirar no primeiro refino, são retiradas no segundo. “Uma boa fatia do mercado manauense já compra o óleo rerrefinado da Eternal, que é uma tendência mundial. Em 2008 no Brasil, foram rerrefinados mais de 200 milhões de litros de óleo. As grandes empresas do país e do resto do mundo utilizam desta tecnologia em seus produtos”, declarou.

Assim como outras grandes empresas do ramo no Brasil, a Eternal é beneficiada com a resolução de nº 362 da Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente) que diz: “todo o óleo lubrificante usado ou contaminado ou coletado, deverá ser destinado à reciclagem, por meio do processo de rerrefino”. Segundo o diretor, antes da Eternal começar a atuar neste ramo, Manaus não tinha nenhuma solução para este problema e a população ainda desconhece o real impacto dessa má utilização do produto. Por isso, a empresa lançou uma cartilha educativa explicando a importância de reciclar o óleo lubrificante queimado.

O empresário disse não haver grande diferença de preço entre os dois produtos, e que, não há uma preferência dos clientes locais pelo óleo reciclado, por causa da falta de conhecimento do produto, ao contrário de países da Europa, onde os consumidores optam por este, principalmente pela causa ambiental, de acordo com Chaves. Um dos profissionais que atuam no laboratório químico da Eternal, Everton Costa, explicou que a produção de óleo rerrefinado depende da quantidade coletada pelos caminhões especializados. “Em uma semana, coletamos cerca de 30 mil litros de óleo queimado, sendo aproveitado entre 15 a 20 mil litros, deste total”, destacou Costa.

Jayme Chaves disse acreditar que Manaus gera atualmente, mais de 1,5 milhão de litros de óleo queimado por mês e sua empresa não consegue chegar a 20% desse material coletado. “Funcionamos somente em 25% de nossa capacidade de produção total, no entanto, a Eternal tem estrutura para rerrefinar até 1 milhão de litros de óleo queimado por mês”, ressaltou. A Eternal vem conseguindo aos poucos inserir seus produtos no mercado de Porto Velho e Roraima e o diretor disse esperar cada vez mais, um maior alcance. Ao todo, são gerados mais de cem empregos diretos pela fábrica, sem contar os mais de 200 indiretos. Todos os insumos utilizados na produção dos óleos (com exceção dos aditivos) são adquiridos na cidade, beneficiando também o comércio local.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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