Com investimentos superiores a R$ 2,07 milhões provenientes de recursos do executivo estadual e federal, a Repam (Rede Estadual de Ensino e Pesquisa do Amazonas), terceira rede óptica metropolitana a funcionar no país, iniciou oficialmente suas operações em Manaus, onde vai interligar todas as principais instituições de ensino e pesquisa da capital para ampliar a oferta de capital humano especializado para as atividades do PIM (Pólo Industrial de Manaus).
Segundo o titular da Sect (Secretaria de Estado da Ciência e Tecnologia), José Aldemir de Oliveira, a iniciativa traz o intercâmbio de pesquisas, o compartilhamento de informações através de internet e o incremento na formação técnica simultânea voltados principalmente para as áreas tecnológicas, socioambientais e cibernéticas, como alguns dos principais objetivos do ambiente de rede.
Na estimativa de José Aldemir de Oliveira, no primeiro momento, cerca de 100 mil pessoas em todo o Estado serão atingidas de forma direta a partir de 36 pontos de internet na capital, já que a rede metropolitana deve funcionar como núcleo embrionário.
“Nosso objetivo não é apenas melhorar e beneficiar as instituições de ensino e pesquisa, mas proporcionar benefícios múltiplos de forma indireta para as populações principalmente do interior”, explicou o secretário, acrescentando que o compartilhamento de pesquisas pode incentivar a geração de mais de 30 projetos por ano voltados ao desenvolvimento de novos produtos ou incremento de tecnologias.
Desenvolvida e executada pela Sect em parceria com as universidades federal e estadual, a rede óptica envolveu mais de 50 técnicos para os estudos de viabilidade da implantação e, até o resultado final no primeiro ano de atividades, o sistema vai integrar simultaneamente instituições como o Inpa, Fapeam, Sipam, Cefet, Manaus Energia, Embrapa, CPRM, CBA, CT-PIM, Prodam, Fiocruz, Cetam e Suframa, entre outras.
Capitalizar rede
A reitora da UEA (Universidade do Estado do Amazonas), Marilene Corrêa, lembrou que a implantação de microestruturas (telecentros e centros de inclusão digital) na capital e no interior vai possibilitar no futuro a capilarização da rede. “Os centros de inclusão e os telecentros também poderão ser utilizados na área da educação à distância, propiciando o acesso a cursos de capacitação e pós-graduação por este processo, aumentando ainda mais a oferta de novos especialistas”, asseverou.
Segundo Marilene Correa, a Repam vai interligar as principais instituições de ensino, pesquisa e desenvolvimento e órgãos governamentais associados através de uma rede de fibra óptica, o que proporciona o uso de aplicações com banda larga como educação à distância, videoconferências, telemedicinas, TV digital e transmissão de link de dados.
De acordo com a reitora, serão 36 pontos de rede e quatro pontos de concentração: UEA, Ufam, Prodam e Prefeitura Municipal de Manaus.
“A Repam é fundamental para o desenvolvimento do ensino e pesquisa, pois possibilita às unidades o compartilhamento de informações de forma mais rápida”, acrescentou Marilene Corrêa, afirmando que a segunda etapa da iniciativa deverá ser financiada pelo Banco Mundial, sendo prevista a ampliação na qual contará com a participação da Fundação Hemoam, Delegacia Geral de Polícia Civil, Segel, Fundação Cecon, entre outras instituições.