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Rede mantém foco em renovação

Pelo andar da carruagem e pelo que demonstrou a Câmara dos Deputado, em Brasília, na noite de terça-feira (16), os novos partidos que forem criados agora não deverão receber os recursos financeiros provenientes do Fundo Partidário. Além disso, eles também ficarão sem tempo de propaganda eleitoral gratuita no rádio e na tv. Este é o cenário que atualmente envolve o Rede Solidariedade, partido proposto pela ex-senadora Marina Silva. Como exigência de criação é preciso fundar diretórios em nove Estados e registrar no Tribunal Superior Eleitoral 500 mil assinaturas.
Em Manaus, de acordo com a ex-secretária municipal de meio ambiente Luciana Valente os números apontam para 5 mil assinaturas. Em todo o Brasil, pelo último levantamento feito no início desse mês, 130 mil pessoas já tinham assinado o pedido de criação da nova agremiação partidária. A expectativa de Luciana é que até o final do abril sejam recolhidas em torno de 300 mil.
Falando sobre a aprovação do projeto que restringe aos novos partidos os recursos financeiros e o tempo de tv, a ex-secretária municipal de meio ambiente foi taxativa ao afirmar que a luta para a criação do Rede Solidariedade vai continuar. “Nós não queremos um partido para apenas disputar eleição. Nós queremos mudanças estruturais e de comportamento. O Rede será uma nova forma de fazer política”, disse. Para provar a sua tese, Luciana explicou, didaticamente, que no novo partido só será permitido uma reeleição, “pois ninguém poderá fazer do mandato uma carreira”. Os cargos de direção serão de apenas um ano. Mesmo sem ainda ter data de criação, a nova sigla já tem tempo determinado para acabar. “O Rede deve durar apenas dez anos, pois, acreditamos que o Rede Solidariedade será instrumento de uma espécie de transição na política brasileira”, salientou. Por tudo isso, os simpatizantes, militantes e voluntários vão continuar percorrendo casas, escolas, fábricas, feiras e mercados para colher assinaturas, independente do que for decidido pelo Congresso Nacional. “Se preciso for, vamos até o Judiciário. E se mesmo assim não tivermos êxito, vamos ficar no Rede e em nenhum momento passa pela cabeça de ninguém mudar para outra sigla”, ressaltou Luciana.

Indignação

Ainda falando do projeto que tramita no Congresso, Luciana desconfia da existência de um “casuísmo” político que foi criado com objetivo de prejudicar as chances de Marina Silva nas próximas eleições. A força da ex-senadora que alcançou em 2010, cerca de 20 milhões de votos, está causando uma preocupação nos políticos tradicionais. Na avaliação de Luciana as manobras estão causando indignação em muitas pessoas. “Tenho recebido inúmeras mensagens de gente que disse que antes não apoiaria a criação de novo partido político, mas que agora, vendo o que estão “tramando” no Congresso, pediram para assinar o pedido de criação do Rede. É o povo começando a dar resposta positiva contra às práticas antigas de se fazer política”, concluiu.
Quem também compartilha do pensamento de que as dificuldades que hoje estão postas para o Rede pode trazer benefícios, é o mobilizador Rodrigo Araújo. Ex-candidato pelo PSB, ele disse que já tinha alguns “oportunistas” de olho no Rede, no entanto, agora quem ficar é porque acredita conscientemente nas propostas reais da nova sigla. “A possível retirada dos recursos do fundo partidário e do tempo de tv, pode produzir uma espécie de triagem entre quem pretende se filiar ao Rede. Quem ficar, é porque está bem intencionado e acredita que a política possa ser feita com mais dignidade”, afirmou Rodrigo.Para analisar toda essa situação e traçar novas estratégias, os representantes do Rede Solidariedade em Manaus devem se reunir na próxima quinta-feira(25). As reuniões que eram quinzenais, de acordo com Rodrigo passarão a ser semanais.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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