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Recuperação só em 2017

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Mercado de escritórios comerciais enfrenta um período de baixa

O mercado de escritórios comerciais enfrenta um período de baixa, com previsão de se recuperar apenas entre 2017 e 2018, segundo especialistas do setor. A combinação de altos estoques e baixa demanda tem colocado o setor em perspectiva de retomada em 2017.
“O mercado vai piorar muito antes de melhorar”, disse Máximo Lima, sócio-diretor da gestora HSI (Hemisfério Sul Investimentos).
De acordo com o diretor de transações da consultoria imobiliária JLL (Jones Lang LaSalle), Roberto Patiño, o momento é de cautela. “Para cada 5 metros quadrados construídos, 1 metro quadrado está à espera de locatário”.

Para o executivo do fundo HSI, os preços dos ativos ainda estão altos. Primeiro, segundo ele, caem os preços de aluguel, para depois se refletir no preço de venda desses imóveis. “Os preços para locação estão caindo nos últimos 18 meses, em torno de 30%” disse, lembrando que o apetite dos fundos por esse tipo de empreendimento arrefeceu. “Aquisições nessa área serão pontuais.”
Na contramão do mercado imobiliário, há uma forte demanda no país por galpões logísticos, de acordo com a JLL. Há 28 milhões de metros quadrados construídos nesse segmento e há projetos para entrega de mais 15 milhões de metros quadrados até 2017.
De acordo com Patiño, há grandes grupos com o foco nesse segmento, o que abre grande potencial de negócios para os empresários.

Adaptação
Para driblar este momento de incertezas, a WTorre, entre as principais empresas do segmento comercial, quer reduzir sua exposição em ativos imobiliários, sobretudo escritórios. Com a decisão a empresa reforçou as apostas na área de entretenimento. A companhia – responsável pela construção do Allianz Parque, o novo estádio do Palmeiras, que além dos jogos é palco para shows de grande porte -vai investir na construção de teatros e ginásios indoor.
O primeiro teatro vai ser inaugurado em setembro no complexo do Shopping JK Iguatemi, que engloba as torres do prédio do Santander, com investimentos de cerca de R$ 100 milhões. O segundo será no Morumbi, onde a construtora ergue duas torres comerciais, com inauguração prevista para 2016, e aportes em torno de R$ 70 milhões. “Há uma carência na cidade por casas de espetáculos de grande porte, para realização de musicais, por exemplo”, disse ao Estado, Rogério Dezembro, presidente da área de entretenimento do grupo.

Com alto endividamento, a estratégia de diversificação dos negócios da companhia dá novo fôlego para o grupo, que pertence ao empresário Walter Torre. Além de investir em entretenimento -como estádio, teatros e projetos, ainda em discussão, para a construção de dois ginásios indoor (um em São Paulo e outro no Rio de Janeiro) -, o grupo também deverá anunciar em breve investimentos em infraestrutura portuária. A companhia já avalia negócios no Maranhão. A WTorre, que originalmente começou como construtora, atua em desenvolvimento imobiliário, infraestrutura e logística.
No ano passado, a empresa faturou de R$ 1,5 bilhão, desse total, R$ 636 milhões são considerados receitas extraordinárias, provenientes da venda do JK Iguatemi no ano passado.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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