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Reciclagem dá vida a microempresas no AM

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Na semana em que se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho, o Jornal do Commercio destaca alguns exemplos de negócios que se baseiam na sustentabilidade e nos impactos positivos ao meio ambiente. São Negócios pequenos, mas que se sobressaem no mercado pela origem ambientalmente correta.
No coração da floresta tropical amazônica, muito além da diversidade da flora e fauna, existe um grande empenho em resgatar a cultural tradicional rural. Começando pela produção de compostagem orgânica sem insumos externos, ou seja, sem o uso de agrotóxicos. Há mais de uma década o Nusec (Núcleo de Socioeconomia) da Ufam (Universidade Federal do Amazonas) vem acompanhando o trabalho de agricultores familiares e incentivado as novas gerações a utilizar o manejo sustentável para produção de alimentos 100% orgânicos, certificados pelo Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento). O resultado pode ser conferido na Feira AgroUfam, realizada mensalmente no mini campus. Confira como tudo começou e alguns destaques, nesta edição temática do JC sobre o Meio Ambiente.
Exemplos é o que não faltam para sustentar essa ideia. Das oficinas chamadas de Vivências, que é uma espécie de troca de experiências entre a academia e a cultura dos produtores familiares com seus métodos de produção de compostagem natural, passados de geração pra geração, acontece esse resgate da cultura rural.
Segundo Jozane Lima Santiago, mestra em Ciências Agrárias, com graduação em Agronomia, professora Assistente da Ufam que faz parte da coordenação colegiada do Nusec, a Feira AgroUfam é resultado do trabalho que a Nusec vem realizando, ao longo desses de 12 anos, nas comunidades e que nos últimos dois anos conseguiu viabilizar um espaço na faculdade, trazendo os agricultores para comercializar sua produção. “Mas sempre com o acompanhamento da equipe do Nusec em cada edição da Feira e intensificando ainda mais esse acompanhamento nas comunidades”, explicou.
Diogo Gato Guimarães viu no seguimento de plantas ornamentais uma oportunidade para desenvolver um negócio de forma sustentável. Já que a matéria-prima vem da natureza, nada mais justo que, toda a sobra durante o processo de produção é reutilizado no pós-colheita. “Depois que a gente colhe as flores, elas passam por um processo de corte, de lavagem, de tratamento e todo o descarte, como o resto do talo, as folhas ressecadas, nós utilizamos na própria cova. No próprio plantio como um tipo de adubo natural”.
A Tucandeira Flores Tropicais está no mercado há 15 anos e a parceria com a Feira AgroUfam surgiu durante o curso em que Diogo era bolsista e foi convidado para participar desta ação promovida pelo Nusec. A dúzia das helicônias pequenas sai por R$ 15 e as grandes por R$ 30. A empresa fica no km 616 (antigo km 33) da BR-174 Manaus sentido Presidente Figueiredo. O carro chefe da empresa são as flores tropicais, especificamente, as helicônias. “Nós não trabalhamos com rosas, por exemplo. Nosso mercado e nossa empresa só trabalham com as flores e folhagens tropicais, das helicônias. Assim como no viveiro, temos a parte de mudas de espécies frutíferas e ornamentais”, informou.
Atualmente, a Feira conta com pequenos produtores de 25 comunidades, oriundos de 12 municípios da RMM (Região Metropolitana de Manaus) que comercializam alimentos e produtos agroecológicos. “Porque estão na transição de agroecológicos para orgânicos. São agricultores familiares que nós estamos acompanhando para chegarem à certificação do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento)”, observou.
Para o agricultor familiar obter o certificado da produção orgânica expedido pelo Mapa é preciso comprovar, por meio de estudo e acompanhamento regular, criando um histórico da produção e aplicação do composto orgânico. “Sendo uma produção agroecológica ela não tem insumos químicos. Não vai usar insumos externos, ao contrário, passa a usar tudo que tem na propriedade, por exemplo, as folhas, restos de galhos. Orientados pela nossa equipe através de oficinas que nós chamamos de Vivências”, completou.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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