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Realidade do Rio

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Vivemos um período estranho no mundo e no Brasil. O Rio de Janeiro passa por uma grave crise e, teoricamente, se tornará um estado inviável, caso não ocorra uma urgente reforma da Previdência estadual. São 240 mil aposentados e pensionistas para 200 mil funcionários na ativa. E mais: 10% dos beneficiários recebem mais de 70% do total, casos de aposentadorias especiais e militares do Corpo de Bombeiros e Polícia Militar. O Judiciário tem salário e aposentadorias muito acima da média nacional. Ou seja, dessa maneira, a conta não vai fechar nunca!

Por outro lado, a demagogia irresponsável e a falta total de espírito público emperram projetos e roubam empregos no Estado mais atingido pela crise e pouca gente sabe. Exemplo foi a Assembleia Legislativa não aprovar incentivos fiscais para uma fábrica de latas da AMBEV, no Sul fluminense. Resultado: a empresa já está aprovada em Minas, para Araxá, com estimativa de quase mil empregos.

Depois das novelas para a construção de rodovias importantes como o Arco Metropolitano, embargada durante três anos por causa da presença de um tipo raro de sapo na região, da luta para se asfaltar a Parati-Cunha, de grande importância turística, agora é a vez de agentes do atraso, de insensibilidade social total, promover o boicote à construção do Terminal da Ponta Negra, em Maricá. Isso a despeito de ser um porto que deve receber dez bilhões de investimentos e gerar três mil empregos no município que é pobre. O terminal projetado, se concluído, terá calado de 30 metros, o maior do Sudeste, atendendo ao setor do petróleo e o complexo do COMPERJ, que será reativado em breve. Tema pouco ventilado, mas de evidente importância para o Rio.

A política fluminense vive momento difícil. Não existe união em torno de um projeto de recuperação econômica. Apoiar o governador Pezão, em fim de mandato e voltado apenas ao cumprimento de seu dever, é o mínimo que se pode exigir das lideranças da sociedade, políticas, empresariais e de entidades de classe.

Até a presença das Forças Armadas em socorro ao Estado, enfrentando graves problemas na segurança pública, é alvo de questionamentos por setores que obedecem à perniciosa linha de pensamento político. Precisamos ter criatividade jurídica para se criar um “estado de sítio” específico na área da segurança e confiar nos militares que nunca faltaram à Nação.

Enquanto isso, nada é feito, incluindo as obras nas principais estradas de acesso à capital, como a serra das Araras, na Via Dutra, e a nova pista da Rio-Petrópolis, na Washington Luiz. Uma vergonha!!!

Aristóteles Drummond

É jornalista e presidente da Associação Comercial do Estado do Rio de Janeiro
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