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Reajuste no preço do gás gera reclamações de taxistas em SP

Com o reajuste no preço do gás canalizado no Estado de São Paulo, setores como a indústria e os serviços prometem cortes e protestos neste fim de ano. Segundo a Arsesp (Agência Reguladora de Saneamento e Energia de São Paulo), o reajuste dos preços foi motivado pela alta do dólar e pela variação do preço do petróleo. O repasse para o usuário veicular pode variar de 14% a 17% no preço.
Para Giovanni Romano, assessor da presidência do Sindicato dos Taxistas de São Paulo, o gás está deixando de ser uma alternativa para muita gente. “A tendência é o uso do álcool, em vez do GNV”, diz.
Segundo ele, no começo do ano o metro cúbico de GNV custava, em média, R$ 1,08. Com o reajuste, o metro cúbico passou a custar, em média, R$ 1,60, alta de 48%. Ao ver o investimento dos taxistas tornar-se “inútil” (um kit de GNV não sai por menos de R$ 1.690), Romano promete levar as reivindicações da categoria para os órgãos responsáveis. “Tem muita gente reclamando”, diz.
Mauricio Brazioli, diretor comercial da Osasgás, maior oficina de conversão de motores para gás natural de São Paulo, diz que, neste primeiro momento, muita gente vai voltar para o álcool, e as novas conversões vão ser “praticamente nulas”. Mas alerta que tudo vai depender do álcool, cujo preço pode subir devido ao período de entressafra, e da crise internacional. “Se o álcool subir muito, continua sendo um bom negócio (ter GNV)”.
Rosalino Fernandes, presidente da Associação Latino Americana de GNV, diz que, mais importante do que o aumento, é informar o consumidor dos motivos.
“São Paulo é atendido com 70% de gás da Bolívia, e o preço é estabelecido em dólar. Com a alta do dólar devido à crise internacional, o preço do gás foi reajustado”.
Apostando numa futura queda da moeda americana, Fernandes diz que, no curto prazo, haverá uma nova variação de preço do gás, “não para cima, mas para baixo”. “A nossa expectativa é que, no primeiro semestre de 2009, o preço do gás vá começar a cair. É uma questão temporária”, afirma.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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