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Raio X nas startups do Norte

Raio X nas startups do Norte

A Associação Brasileira de Startups (Abstartups) em co-realização com o Sebrae, divulga a segunda edição do Mapeamento de Comunidades. O estudo tem como objetivo compreender o cenário nacional de inovação e identificar as principais dores e potências regionais.

Realizado entre maio e setembro com dados do Startupbase, que conta com mais de cinco mil startups associadas, o levantamento trouxe dados interessantes em relação ao perfil de mais de três mil empresas participantes, como porte, perfil dos fundadores e setor de atuação.

De acordo com o estudo, a região que abriga o Manaus Tech Hub tem negócios comandados, em sua maioria (67,7%) por homens, ou mais homens (12,6%) em cenários em que há mais de um founder; enquanto as mulheres líderes são 10,8%. As idades dos empreendedores variam entre 35 e 40 anos (22,8%); 31 e 35 anos (20,9%); e 26 a 30 anos (20,3%) -diferente do cenário nacional, em que a maioria dos líderes (54,4%) têm entre 20 e 35 anos.

Outra diferença para o panorama nacional é que os que se autodeclaram pardos são maioria (52,5%); seguidos por brancos (36,1%), enquanto os que se identificam como negros são 5,7%; indígena 1,3% e amarelos 0,6%. Ainda sobre o perfil dos founders, 92,4% se autodeclara heterossexual, enquanto 3,2% são homossexuais e 2,5% bissexuais.

Quando falamos de diversidade, entre 6% e 50% das startups têm mulheres no time; enquanto 22,8% não há profissionais do sexo feminino. Em relação aos demais grupos pouco representados no ecossistema de inovação, os negros estão ausentes de 43,7% das empresas; enquanto 91,1% não têm nenhuma pessoa com deficiência e 95% transexual no time. Os profissionais com 50 anos ou mais também têm pouco espaço, estando ausentes de 78,5% dos negócios no Norte.

Apesar disso, 75,9% dos founders acham importante ou muito importante a diversidade para a startup, e 87,3% consideram apoiar a mistura de perfis em suas instituições.

Perfil das startups

Assim como no cenário nacional, as startups de educação (ou edtechs) são a maioria também no Norte do país, representando 20,4% dos negócios, seguido por e-commerce (14,6%); saúde e bem-estar (14,6%); finanças (13,4%) e softwares fechando o TOP 5, com 6,7%.

SaaS são o modelo de negócios que predominam (38,9%), seguido por marketplaces (20,7%) e venda direta (18,2%); voltados a outras empresas -B2B são 34,8% do público alvo das startups nortistas. São empresas que estão, na maioria dos casos (25,9%) em fase Tração, Validação (36,7%) e Operação (17,1%); geridas e compostas por times de 1 a 5 pessoas (60,1%) e de 6 a 10 profissionais (23,5%).

Em movimentação financeira, 43,5% das startups do Norte ainda não têm faturamento anual. Por outro lado, 19% faturam entre R$ 50 mil e R$ 250 mil; e 12,7%% movimentam abaixo de R$ 10 mil. Os negócios que faturam mais de R$ 5 milhões são 2,5%.

Ainda sobre dinheiro, 79,7% das startups da região ainda não receberam investimentos externos; e, das 20,3% que receberam, o aporte adveio de Seed em 37,5% dos casos; majoritariamente de outros Estados (48,3%). Vale ressaltar também que 58,2% dos negócios não foi pré-acelerado, acelerado ou incubado.

Impacto Covid-19

Por conta do coronavírus, a maior parte (43,8%) das startups manteve o faturamento desde março de 2020; enquanto 5,9% teve redução de mais de 50% no caixa. As que sentiram impacto negativo entre 10% e 50% foram pouco mais de 21,7%. Na outra ponta, 9,7% das startups tiveram entre 10% e 30% de aumento no faturamento; e 7,1% conseguiram crescer 50% ou mais.

A despeito da crise econômica (benéfica para alguns e prejudicial para outros), 73,2% das startups do Norte não fizeram contratações desde março de 2020; segurando, também, os desligamentos em 83,6% dos casos.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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