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Quedas se aprofundam em New York com Countrywide e crise de crédito

Além de ampliar os temores dos investidores quanto à crise no mercado de crédito no país, a notícia fez também aprofundar as perdas nas Bolsas em Wall Street, na quinta-feira.
Às 14h02 (em Brasília), a Bolsa de Valores de Nova York estava em queda de 2,46%, operando com 12.545,09 pontos no índice Dow Jones Industrial Average (DJIA), enquanto o S&P 500 caía 2,33%, para 1.373,94 pontos. A Bolsa Nasdaq tinha queda de 2,71%, indo para 2.392,14 pontos.
A Countrywide Financial tomou o empréstimo para reforçar sua liquidez (oferta de dinheiro) e mover suas operações no mercado de hipotecas para sua divisão bancária, o Countrywide Bank. A medida foi vista como sinal de que a crise no mercado de hipotecas é grave mesmo entre as maiores empresas do setor.
A corretora Merrill Lynch reduziu ontem a classificação dos papéis da Countrywide de “compra” para “venda” e informou que a venda forçada de ativos nos mercados de capitais poderia levar a mais problemas para a empresa financiar suas operações de hipoteca. “Se a liquidação de ativos ocorrer em um mercado fraco, então é possível que a Countrywide peça concordata”, disse o analista da corretora Kenneth Bruce.
O mercado financeiro ignorou a disponibilização de mais US$ 17 bilhões por parte do Federal Reserve (Fed, o BC americano) para reforçar a liquidez do sistema bancário. Com a intervenção de quinta-feira, o banco já liberou US$ 88 bilhões para o sistema.
“A preocupação é quão ruim são os problemas do mercado, e todos estão esperando que o Fed faça um corte agressivo de juros”, disse à agência de notícias Associated Press (AP) o estrategista de investimentos da Leeb Capital Management Peter Dunay.

“O Fed não está ansioso para cortar os juros toda vez que o mercado tiver queda”. O presidente do Federal Reserve de St. Louis (uma das 12 divisões regionais do Fed), William Poole, disse ontem, no entanto, que o não é necessário que o banco considere modificar sua taxa de juros antes da reunião de política monetária do Fed, programada para setembro. A taxa atual do banco é de 5,25% ao ano.
O mercado imobiliário continua a apresentar dados preocupantes: o Departamento do Comércio informou que a construção de casas nos EUA teve queda de 6,1% em julho, atingindo uma taxa anualizada de 1,38 milhão de unidades.
O resultado é 20,9% inferior em relação ao registrado um ano antes e é o mais lento desde janeiro de 1997.
A Comissão Européia (órgão executivo da UE) vai investigar as agências de classificação de risco, como a Standard & Poor’s (S&P) e a Moody’s, por sua lenta resposta à crise das hipotecas de alto risco dos Estados Unidos, informou o jornal econômico britânico “Financial Times”.
Segundo fontes oficiais de Bruxelas citadas pelo jornal, as agências falharam ao não alertar para os riscos de investir nos títulos apoiados em hipotecas “subprime”, causa principal da volatilidade dos mercados nas últimas semanas. Os bancos americanos foram os primeiros a avisar sobre uma possível crise nas hipotecas em 2006.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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