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Queda de preço ainda não foi sentida pela indústria

Apesar do custo do minério de ferro ter registrado uma queda na primeira semana de julho, quando comparado ao início de junho, e influenciado a deflação de 0,21% da prévia do IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado), analisada pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), as indústrias do setor metalúrgico no Amazonas ainda não veem tantos benefícios com a redução.
No caso da Incotokyo (Indústria e Comércio Tokyo Ltda), que atende os serviços de mobiliário corporativo e de bens intermediários, o consultor técnico André Schramm argumenta que a baixa do preço nas siderúrgicas permite um repasse menor aos distribuidores e, consequentemente, há um ‘desconto’ no custo da matéria-prima. “Em toda linha que inclui o aço como componente”, salientou.
Contudo, segundo o representante, não houve qualquer mudança na tabela de preços da mercadoria. “Na prática, ainda não aconteceu”, enfatizou.

Valores elevados

De acordo com o supervisor comercial da empresa Aços da Amazônia, Jefferson Lima, até agora o produto tem mantido valores elevados e não existe qualquer sinalização de diminuir estes números.
Por sinal, no primeiro semestre, o consultor da Incotokyo comenta que houve um acréscimo de 5% a 10%. Mesmo assim, para não perder a clientela, a fábrica absorveu o aumento.
Schramm esclarece que, caso haja uma diminuição no preço do minério, a primeira reação do empreendimento é compensar o período de perda e, só depois disso, procurar baixar o preço para o consumidor final.
O presidente do Sinmen (Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Materiais Eletrônicos de Manaus), Athaydes Félix, explica que, em geral, os preços estão caindo, mas ainda é muito cedo para que estes dados possam influenciar positivamente no setor. “É uma diferença pequena. Os indicadores precisam continuar mostrando queda para realmente serem expressivos”, ponderou.
Caso isto aconteça, Félix afirma que há um ganho generalizado, principalmente para o polo de duas rodas. “Beneficia a todos e o poder aquisitivo aumenta”, finalizou.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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