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Quando o trabalho não para

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Trabalhar e ganhar dinheiro enquanto outros se divertem nas férias é a realidade de diversos segmentos em Manaus. Conhecida por ser polo turístico, a cidade tem nesse período uma movimentação diferente, turistas nacionais e estrangeiros tomam a maioria dos espaços de frequência de moradores locais. Para o manauara que não pode deixar a cidade, não há motivos para preocupação, os espaços para recreação, como parques de diversão e as tradicionais colônias de férias infantis têm nesse período o trabalho estendido.

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Com altos e baixos durante boa parte do ano, o segmento de parques de diversão em Manaus tem seus picos de movimentação nos meses de julho e de dezembro a janeiro.

Segundo a assessoria de comunicação do Mirage Park, há mais de 20 anos atuando na zona Centro-Sul de Manaus, a empresa tem uma elevada no faturamento, por conta das férias escolares. “São nossas melhores épocas, ainda mais movimentadas entre dezembro e janeiro, quando as férias são gerais. É o momento de mais atividade para nossos monitores e demais funcionários, tudo tem que funcionar e devemos estar prontos para receber. De negativo, a crise geral que nos impediu de contratar mais colaboradores”, fecha.

Já no Fun Park, na zona Norte, o maior parque temático coberto da América Latina, com 5.000 m2 de brinquedos, jogos eletrônicos, lanchonete e dois salões para festas de aniversário, a contratação de temporários torna-se necessária pelo grande fluxo de visitantes, explica o gerente Sérgio França. “O fim de ano nos faz trabalhar de segunda a segunda, justamente o dia em que nossos colaboradores fixos têm suas folgas. Com a movimentação, as folgas são alternadas e para manter o bom funcionamento, alguns temporários são contratados”, afirma.
De acordo com França, esse período é de muito trabalho também para as equipes de manutenção. “Funcionar todos os dias nos causa mais apreensão, é preciso a todo custo evitar acidentes. Por isso nossas equipes de manutenção iniciam cedo do dia e trabalham até poucos instantes antes de o parque abrir”, ressalta o gerente que acredita que estar em uma área de forte crescimento econômico sustenta o negócio. “Muitos ficam em Manaus, por não viajarem de férias, aproveitam para conhecer as atrações próximas, o que nos garante o bom fluxo de visitantes”, conclui.

Para os pequenos

É também durante as férias que as escolas infantis abrem para as colônias de férias, aproveitando a temporada para atender a quem fica na cidade. Assim atua há mais de 30 anos a Escola Sonho Infantil, conta a coordenadora Yona Nascimento. “Já é tradição na Sonho Infantil. Todo o nosso quadro de funcionários está envolvido no bom atendimento e para isso temos uma proposta diferenciada para os pequenos, apostamos em algo mais lúdico, mais divertido e educativo”, afirma a coordenadora. A colônia de férias recebe crianças do público externo a partir dos três anos de idade.

Seguindo o ritmo das águas

Um esporte que vem crescendo em Manaus nos últimos anos, o SUP (stand up paddle) nessa época do ano tem que inovar e captar o público que já é ‘flutuante’ em outras épocas do ano, explica o proprietário do SUP do Abeca, Sandro Abecassis. “De outubro até janeiro o público some, fica bem raro, aí eu tenho que criar várias opções e promoções, como por exemplo ‘sup+yoga’.

É uma forma de manter a movimentação, pois com o rio baixo, as pessoas preferem as praias”, conta.

Segundo o empresário, o público em boa parte dessa época deixa de ser local. “Essas promoções tem um retorno bom e outra coisa bacana é que, nessa época, o maior público é de turistas, pessoas que vêm visitar amigos e familiares.

Outra forma de atrair esses turistas, são as parceiras com praticantes de couchsurfing que trazem mais visitantes ao flutuante”, comenta Sandro.

Dando trabalho

Fora do segmento de recreação e lazer, o trabalho nas férias também e indicado pelo microempresário de cosméticos com essências amazônicas, Genílson Rocha. “Reduzimos nossa produção, mas abrimos a chance para quem está de férias se tornar um revendedor da marca e ganhar um extra. Sentimos uma queda nas vendas, porém os cadastros continuam e a melhor hora pode ser essa”, conclui o proprietário da Aroma – Produtos Naturais da Amazônia.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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