O crescimento da venda de computadores tem incentivado a entrada de brasileiros na rede mundial e isso tem se refletido no mercado publicitário. As receitas com anúncios na internet aumentaram 40,16% no primeiro semestre, enquanto o mercado total, que inclui os meios tradicionais, caiu 3,6%, segundo dados do IAB (Interactive Advertising Bureau) Brasil. Os anúncios na web movimentaram R$ 221 milhões, o que ainda equivale a uma parcela pequena das receitas publicitárias. São 2,7%, comparados a 2% em 2006.
“Os usuários de internet no Brasil devem chegar a 40 milhões no fim deste ano, e o tempo de uso também está crescendo”, apontou Osvaldo Barbosa de Oliveira, presidente do IAB Brasil. “As pessoas consomem cada vez mais internet.”
A entidade prevê que o faturamento publicitário na rede mundial chegará a R$ 470 milhões este ano, um crescimento de 30% sobre 2006. Os números do IAB Brasil passaram a incluir os links patrocinados, pequenos anúncios de texto que aparecem ao lado de resultados de buscas e páginas de conteúdo, desde abril.
Os jornais foram o único meio impresso que teve crescimento no primeiro semestre, com avanço de 0,75%. As revistas caíram 2,78% e os guias e listas perderam 4,8%.
Os meios que mais perderam receita foram a TV, com queda de 5,16% e a mídia exterior, com baixa de 17,72%, refletindo os efeitos da Lei da Cidade Limpa na cidade de São Paulo.
“A internet é um meio complementar a todos os outros”, afirmou Oliveira. “A TV, os jornais e as revistas têm sites. A internet já é o segundo meio de massa nacional, depois da televisão.” Ele destacou que, na rede mundial, é possível fazer campanhas de massa nos grandes portais, com efeitos parecidos com a televisão e também campanhas dirigidas a públicos bem específicos, nos mecanismos de busca. “Quem busca informações sobre um carro na internet, está bastante adiantado no ciclo de compra.”