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Psicologia positiva

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Martin Seligman começou no final da década de 1990 o movimento científico que hoje estamos denominando de Psicologia Positiva e no primeiro momento gerou muito desconforto e atritudo neste universo, pois até então o olhar da Psicologia era muito para os problemas e para as patologias, tendo o maior foco para o que estava errado com as pessoas e com o que não estava funcional.

Parece que muitos de nós também temos uma tendência a intensificar e focar o olhar apenas para os pontos que estão disfuncionais ou que ainda não estão conforme as expectativas e padrões pré-estabelecidos.

Certamente a Psicologia sobre esta perspectiva ajuda e ajudou bastante para contextos de diagnóstico e diversos transtornos mentais. No entanto, havia, até então quase nada de foco sobre o que estava funcionando, sobre o que é bom, sobre o que está bem, sobre o que atende ou é bom. Esta foi a proposta de Seligman: olhar para o que dá certo com as pessoas, sobre suas potencialidades. 

Neste sentido, a Psicologia Positiva veio trazer um enfoque de abordagem que a faz a vida valer a pena, pois interessa-se pelo que está funcional, com perguntas voltadas para:  O que está dando certo em sua vida hoje? Quais são suas qualidades e pontos fortes? O que você reconhece que faz bem? Quais competências você já tem? O que de bom aconteceu neste momento? Esta direção faz as pessoas pensarem e investigarem em quais aspectos já estão felizes e podem inclusive impulsionar os pontos que precisam ser melhorados.

Neste sentido, a Psicologia pode nos ajudar bastante mesmo no senso comum. Quantas vezes, você ficou mergulhado em problemas e questionando-se por que aconteceu isto? O que você faz de errado que sempre tem dificuldades? Porque não aconteceu da maneira que estava planejado e tantos outros questionamentos em busca de culpados, de entender o erro. Certamente quando passamos por uma dificuldade, personificar o problema ou ficar reclamando dele não resolve. 

Uma técnica que pode utilizar é diante de qualquer dificuldade pensar que não vai durar para sempre, que não há culpados e que não vai acabar com sua vida. Estes são três aspectos que ajudarão a manter a cabeça na solução e não no problema e são: duração, personificação e especificidade.

Muitas vez passamos a acreditar que este ou aquele problema durarão a vida inteira, ou que você ou a alguém são culpados por ter acontecido ou ainda que este problema que aconteceu em uma área de sua vida vai destruir todas as outras.

Quando pensamos sobre a perspectiva positiva, saímos da preocupação em reparar o que está ruim e o que deu errado e passamos para a construção do que realmente funciona, sem ignorar que existe algo que precisa ser resolvido e que podemos e precisamos aprender com o que ocorreu para não repertirmos os mesmos passos.

Esta ciência nos presenteia com técnicas e exercícios para mudar a maneira de ver o mundo, de enxergar nós mesmos e todas as situações que estamos enfrentando. São metodologias que ajudarão a encarar os desafios como oportunidades, os problemas como aprendizados, as dificuldades como possibilidades e assim demonstrar mais otimismo no dia a dia. São sentimentos e pensamentos como estes que nos farão aproveitar cada passo do caminho e tê-lo como feliz, estimulando crenças que compreenda a felicidade não apenas como algo que pode ser despertado, mas também mantida apesar de qualquer circunstância.

Se você quiser entender mais sobre o assunto, orientaria a ler o livro Felicidade Autêntica, percebido como um marco para o desenvolvimento da corrente sobre a Psicologia Positiva e impulsionar uma postura mais “viva” diante da “vida”. Viva a vida!

Não somente em suas ações pessoais, a Psicologia Positiva tem sido uma referência para o ambiente organizacional, estimulando ações que antes eram focadas em pontos fracos de cada colaborador para encontrar maneiras de potenciar talentos e virtudes já existentes. Maneiras de utilizar recursos internos da empresa para criar um clima saudável sobre as habilidades e competências, no qual possa motivar para que todos tenham ações mais colaborativas, pensar de maneira mais criativa e buscar soluções. 

Se você, como líder, conseguir estimular e explorar as competências das pessoas, estará reforçando que são esses atributos já existentes neles que farão a diferença para realizar mais e melhor as atividades e consequentemente impactanto diretamente na produtividade do negócio.

Também podemos observar funções e responsabilidades que combinem melhor com cada perfil e assim utilizar o que mais funciona em cada pessoa ao invés de gastar tanto esforço que melhorar o que não faz muito sentido dentro do rol de competências instaladas. No fim das contas, podemos chamar isto de otimizar recursos onde todos vão ganhar, e, por fim, gerar mais qualidade de vida para todos que se envolvem neste processo.

Vamos estimular para que nossos familiares, amigos, colaboradores do mesmo ambiente de trabalho estejam mais focados em experienciar emoções positivas, o que significa faze-los sentir felicidade e gratidão, além de esperança em relação ao futuro.   

*Cíntia Lima é psicóloga, master coach e mentora organizacional – [email protected]

Cíntia Lima

é Psicóloga, Master Coach e Mentora Organizacional [email protected] - 92 981004470
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