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Produtos natalinos puxam as vendas de fim de ano

Produtos natalinos puxam as vendas de fim de ano

O comércio varejista do Amazonas já começa a observar um movimento melhor nas ruas da área central da cidade. Considerando um ano de incertezas e efeitos adversos causados pela pandemia do novo coronavírus a expectativa é a melhor possível. Se depender de empresários e lojistas, a crise causada pela Covid 19, será driblada neste fim de ano com a chegada do papai Noel que anima o setor no Centro da cidade. Representantes estimam alta de até 3% nas vendas natalinas em relação ao ano passado. Nesse embalo, as lojas do ramo de produtos natalinos abrem o caminho para a recuperação e já percebem alta nas vendas dos enfeites. 

Gerente de uma loja no Centro da capital, Messias Costa afirma que muitos consumidores estão antecipando as compras dos artigos natalinos. Ele conta que a empresa apostou nos nas vendas dos itens no final do mês de setembro abrindo um leque de variedades. A estratégia é justamente para que as pessoas tenham bastante tempo para ir às compras.

“A nossa aposta deu certo. Já conseguimos registrar alta nas nossas vendas. Aos poucos os consumidores vão comprando.  Se esse comportamento permanecer, vamos superar as vendas sobre o ano passado”. 

Segundo o gerente, nem mesmo os custos mais altos nos produtos em função do aumento do dólar, vão tirar o brilho de quem pretende ornamentar a casa ou a empresa para as festividades. “Após um ano conturbado e desafiador, as pessoas querem celebrar e agradecer a vida. Se depender de luzes e cores para decoração esse encontro entre família será bem promissor”, frisou ele destacando que os artigos como guirlanda, mesa posta e pisca- pisca, lideram a procura e a loja projeta alta de 15% frente ao ano passado. 

Especializada em vendas de produtos sazonais para o Natal da Tropical Multiloja, uma das mais tradicionais varejistas que atuam no segmento, acredita que as vendas nos artigos natalinos registre um crescimento de 10% em relação a 2019. A empresa também admite que tiveram um aumento em relação ao dólar e que  a variação cambial foi muito grande aos produtos que importam “absorvemos o máximo, mas parte foi repassada aos preços”, diz a gerente de marketing da Tropical Multiloja, Susan Soares.

No case das opções para este ano, árvores de Natal, flores e fitas regadas de muitas cores e estampas ditam a tendência, com preços bem acessíveis. As fitas estão a partir de R$9,90, pisca-pisca de R$ 17,90 e árvore natalina de 1,20m por R$59,90.

“Este ano vai ter Natal sim! As pessoas querem comemorar a vida e a data com suas famílias. Estamos projetando crescimento de 10% em relação ao ano passado. O crescimento de setembro e outubro ajudou a compensar as perdas do lockdown, bem como nossa venda online com entrega e retirada na loja no mesmo período. Tivemos que ser muito ágeis em nos reinventar”, assegurou Susan Soares.

Folêgo

O vice-presidente da Fecomércio (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Amazonas), Aderson Frota, avalia neste ano atípico é fundamental que o setor ganhe um fôlego. Segundo o dirigente, a matriz econômica Comércio e Serviços foi a mais prejudicada pela pandemia. “Foram mais de 100 dias com portas fechadas. O universo das empresas comerciais é composto de 93% de pequenas, médias e micro empresas.  O impacto da pandemia vitimou muitas empresas e empregos. Natural que haja inadimplência principalmente no tocante a tributos”. 

Ele lembra que a Sefaz publicou uma pesquisa de dados da arrecadação de tributos estaduais – janeiro  a julho/2019 e o mesmo período de 2020, o que indicava que a indústria decresceu 5%, o setor de serviços cresceu quase 4% e o comércio cresceu 15%. “O longo período que o segmento passou fechado deixaram marcas de dificuldades. O comércio varejista está se  recuperando. Temos que ainda recuperar os dias fechados.  Somos os maiores carregadores de ICMS, o maior empregador do Estado e a maior parcela do PIB”. Apesar de todas as dificuldades que vivemos nós acreditamos que o setor vai ter um desempenho de 3% este ano”.  

Andréia Leite

é repórter do Jornal do Commercio
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