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Produção sobe 1,1%, de dezembro para janeiro

A produção industrial se recuperou em janeiro, após dois meses em queda. Na comparação com dezembro, houve alta de 1,1%, informou na quinta-feira o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Em relação a igual período em 2009, a produção industrial subiu 16%. Para os meses de janeiro, trata-se da maior alta, nesta comparação, desde 1995. Esse resultado foi influenciado pela base deprimida, já que em janeiro do ano passado, a indústria teve um desempenho muito ruim em função da crise. No acumulado dos últimos 12 meses, verifica-se recuo de 5%.
A Pesquisa Industrial Mensal demonstra que houve aumento na produção em 14 dos 27 ramos pesquisados em janeiro, na comparação com o mês anterior. O principal destaque ficou por conta da indústria de material eletrônico e de comunicações, com elevação de 14,3%. Também subiram as produções de produtos de metal (12%) e bebidas (8,1%).
Por outro lado, os principais resultados negativos foram constatados nas produções de edição e impressão (-5%), da indústria farmacêutica (-2,2%) e de veículos automotores alcançando (-1,2%).
Entre as categorias de uso, a produção de bens de consumo duráveis teve elevação de 8,6% frente a dezembro; em relação a janeiro de 2009, houve avanço de 36,4%.
A produção de bens intermediários teve incremento de 2% frente a dezembro e de 20,2% em relação a janeiro do ano passado.
Já a produção de bens de capital teve variação negativa de 0,1% frente a dezembro. Sobre igual período em 2009, houve alta de 12,8%. Por fim, a produção de bens de consumo semi e não duráveis cresceu 0,4% em janeiro, na comparação com dezembro. Em relação a igual período em 2009, houve elevação de 5,8%.
O resultado de janeiro aponta que o segmento de produtos de metal, com alta de 12% frente a dezembro, teve a maior contribuição dentro da taxa global.
Em relação a setembro de 2008, por exemplo, o desempenho de produtos de metal, excluindo máquinas e equipamentos, apresenta incremento de 14,4%. Pelos resultados de janeiro, metalurgia básica avançou 2,5% na comparação com o mês anterior.
As produções de alimentos e bebidas estão, em parte, ligados ao setor de bens intermediários, e exerceram influência significativa no primeiro mês de 2010. Com alta de 8,1%, a produção de bebidas teve a terceira maior contribuição no resultado geral.

Pesquisa CNI aponta que faturamento caiu 17,3%

O faturamento da indústria caiu 17,3% em janeiro em relação a dezembro, de acordo com pesquisa divulgada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria). Pelo índice dessazonalizado, o faturamento apresentou queda de 3,6%.
Nas duas comparações, é a maior queda para meses de janeiro da série histórica, que se inicia em 2005. Em relação ao mês de janeiro do ano passado, porém, houve crescimento de 7,7%.
“O mês de janeiro é historicamente de queda do faturamento da indústria também pela menor atividade industrial no mês”, afirma nota da confederação.
O gerente-executivo da CNI, Flávio Castelo Branco, ressaltou que a queda em janeiro sucedeu grande crescimento registrado em dezembro do ano passado, o que mostra uma acomodação no indicador.
Para Branco, o crescimento em relação a janeiro de 2009 é positivo e mostra uma recuperação em relação ao período de crise.
“Janeiro de 2009 foi o momento mais crítico da crise, quando todos os efeitos da desaceleração da economia mundial e dos problemas de crédito levaram a uma parada brusca na atividade da economia brasileira. Os dados positivos vão dominar os próximos meses, sinalizando que a economia vai continuar em expansão”, completou.
O número de horas trabalhadas também caiu 1% em relação a dezembro pelo número real e 0,6% pelo dessazonalizado. Na comparação com janeiro de 2009, porém, há crescimento de 3,8%. Apesar da queda no faturamento e no emprego, houve aumento no emprego em 1,4% em relação ao mês anterior, 2% pelo valor dessazonalizado. Em relação a janeiro de 2009 o aumento foi menor, de 1%.
A utilização da capacidade instalada ficou em 76,3% em janeiro, contra 80,1% em dezembro.
Segundo Branco, os indicadores ainda estão em níveis abaixo do período pré-crise. Para ele, o principal motivo é a demanda externa que ainda continua em baixa.
“A indústria está um ano e meio atrasada. A crise causou uma perda de um ano e meio no processo de crescimento”, afirmou.
De acordo com o economista, os indicadores deverão voltar aos níveis de antes da crise ao longo de 2010, mas o emprego poderá só se recuperar no início do ano que vem.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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