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Produção retomada após concordata

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Fabricante de televisores, notebooks e aparelhos de som automotivo, a H-Buster que há alguns meses estava parada por conta de pedido de recuperação judicial impetrado na 3ª Vara Cível de Cotia (SP) onde tem sua segunda unidade, aos poucos volta a normalidade em sua produção e contratação de funcionários. Após um ano do processo, a empresa sino-brasileira parece dar sinais de recuperação, revitalizando aos poucos os trabalhos em seu chão de fábrica. Na última sexta feira (21) a direção da H-Buster na unidade Manaus, anunciou as ações que visam sanar as dívidas que paralisaram a produção. Em 2012 a empresa faturou R$ 1 bilhão e chegou a ser rankeada como a 13ª em faturamento no polo de eletroeletrônicos e a 23ª em todo o PIM, empregando cerca de 1.600 trabalhadores e mais 4.500 empregos indiretos.

Dívidas trabalhistas
Em 2013, a empresa recebeu um duro golpe quando 256 contêineres carregados de insumos e componentes para a linha de produção, foram retidos e impossibilitados de serem abertos, por conta de embargos judiciais trabalhistas, praticamente zerando os estoques, o que fez com que a empresa implantasse um PDV (Plano de Demissões Voluntárias), que culminou com o corte de 1.100 trabalhadores.
Em dezembro passado uma decisão judicial do Pleno do TRT11 (Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região) autorizou a abertura dos contêineres. “Estamos readmitindo 300 funcionários. Para isso contamos com a decisão favorável à nós, do TRT 11 para a abertura de 192 dos contêineres e demos início em meados de março à produção de TVs de 42 polegadas. Um dos nossos planos é de que cada centavo da venda dessa produção seja depositado na conta dos trabalhadores, para sanar as dívidas trabalhistas com os ativos, rescisórios e PDV,” disse o diretor-executivo da H-Buster, Gilberto Ho.
O diretor judiciário da H-Buster, Francisco Giannico continua: “Houve um equívoco enorme e muito se disse sobre a empresa fechar suas portas, mas isso nunca foi nossa intenção. O que houve foi uma ação para recuperação judicial, a antiga concordata, nunca falência. Depois se disse que a fábrica fecharia após pagar as dívidas trabalhistas e acabar o que estava nos contêineres. Não vai acontecer. Continuaremos, inclusive com outros planos e outros produtos, recontratações e novas admissões. Para situar como as coisas estão, nossas dívidas trabalhistas estão entre 6 e 7 milhões, temos no estoque 10 mil aparelhos de TV. Se vendermos cada a R$ 1 mil, pagamos todos.”

Débitos tributários
Ainda rondam a empresa débitos tributários que aos poucos vão sendo negociados com os órgãos federais e estaduais envolvidos decisivamente na vistoria, liberação e desembaraço das cargas dos contêineres. “Temos o apoio da Sefaz que está viabilizando parcelas dos débitos fazendários. Existe a possibilidade de parcelar R$ 40 milhões em 180 meses, dentro das regras da fazenda estadual,” conta o diretor executivo.

Reaquecendo a produção
A meta da empresa, que atualmente tem a capacidade de produção de mil TVs diárias, e que chegou a marca de 1 milhão por ano em 2012, é de passar a produzir até 16 mil, tendo 100 mil peças em agosto. “Com o apoio da Sefaz, Suframa, governo do Estado, sindicatos e outros órgãos, até o fim do ano serão 300 mil. E ainda prevemos até meados de julho a chegada de novas tecnologias e componentes, apostando em novos conceitos em TV e áudio automotivo,” comenta Gilberto Ho.

Funcionários de volta
A decisão do Pleno do TRT 11 que possibilitou a abertura dos contêineres já liberados pela Receita Federal, foi essencial para a volta de 300 funcionários, e por meio de ‘Canal Verde’ da RF (sistema de desembaraço automático da declaração, não sendo obrigatória a conferência aduaneira) pudesse reativar suas linhas de produção. “A decisão favorável foi ótima para a ZFM e garantiu aos funcionários a oportunidade de conseguir manter suas famílias e empregos. Não fizemos mais que nosso dever para com a sociedade e a ZFM,” ressaltou o juiz titular da 1ª Vara do Trabalho de Manaus, Djalma Monteiro de Almeida.
Segundo o diretor executivo da H-Buster novos postos de trabalho serão abertos com a revitalização da empresa “Em pouco tempo voltaremos às contratações e teremos de 1.600 a 2.000 funcionários, sendo mil já ano que vem. Em nossos planos prevemos a contratação de até 3.000 em cinco anos,” fecha Gilberto Ho.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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