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Produção de motos sofre forte queda em fevereiro

O colapso do sistema de saúde amazonense, que levou ao fechamento de fábricas no Polo Industrial de Manaus, teve forte impacto na montagem de motos. De acordo com a Abraciclo (entidade que representa as fabricantes de motos), houve queda de 38,6% na produção de fevereiro em comparação ao mesmo mês de 2020.

Segundo dados da entidade, foram produzidas 58.014 unidades no último mês. No acumulado do primeiro bimestre, a retração é de 42,7% na comparação com o ano passado.

O presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian, afirmou que a fila de espera já chega a 150 mil unidades. “Acreditamos que, com produção plena a partir de março, conseguiremos recuperar parte dos volumes”, disse o executivo em comunicado divulgado nesta quinta (11).

A produção de automóveis deve seguir o mesmo caminho em março devido à falta de peças, principalmente semicondutores. Há fábricas com paralisações totais ou parciais em São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

A General Motors segue com contratos de trabalho suspensos e férias coletivas nas fábricas de São José dos Campos (interior de São Paulo) e Gravataí (RS).

A linha de montagem gaúcha só deve retomar as atividades em junho. A unidade produz o Chevrolet Onix, carro mais vendido do Brasil.

Após uma primeira interrupção em fevereiro, a Honda Automóveis passou por mais dez dias de paralisação em março. A retomada da fabricação do Honda Civic em Sumaré (interior de São Paulo) estava prevista para esta quinta (11).

O grupo Stellantis confirmou a interrupção parcial de um turno de produção na fábrica de Betim (MG), onde são feitos modelos da marca Fiat. Segundo a empresa, 600 trabalhadores estão em férias coletivas até o dia 22 de março. O motivo é, mais uma vez, a falta de componentes.

Com as dificuldades, os estoques seguem baixos. Segundo a Anfavea, há carros suficientes para atender a 18 dias de vendas, patamar que deve ser mantido ao longo do ano.

As paradas de produção neste mês devem levar a um resultado pior do que o registrado em março de 2020, quando o ritmo de crescimento da indústria começou a ser afetado pela pandemia.

Montadoras também não descartam a possibilidade de frear suas atividades devido ao agravamento da Covid -seja por necessidade sanitária ou por falta de peças. Um ano depois, a indústria corre sério risco de passar por uma nova parada total, como ocorreu em abril de 2020.

Fonte: Folhapress
Foto/Destaque: Divulgação

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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