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Produção de forno de microondas esfria 19% no PIM

Afetada pela concorrência com os importados, a indústria de fornos de microondas instalada no PIM (Pólo Industrial de Manaus) demonstrou uma significativa retração de 19,4% no ritmo da produção no acumulado de janeiro a maio deste ano, frente a igual período do ano passado, quando já havia fabricado 1,18 milhão de unidades.
Com o comércio em franco aquecimento e o avanço da oferta de produtos importados, as indústrias locais do produto sentem o reflexo negativo dessa desvantajosa concorrência. “Não só as fábricas de fornos de microondas, mas as de DVD player e aparelhos de som, por exemplo, também sofrem essa influência direta”, afirmou o presidente do Sinaees (Sindicato de Aparelhos Elétricos e Eletrônicos), Wilson Périco.
No entanto, dois pontos precisam ser levados em consideração. O primeiro é de que o governo federal precisa tomar medidas que bloqueiem esse desequilíbrio no mercado. Segundo Périco, é preciso que o governo utilize ferramentas já existentes, tais como o IPI (Imposto Sobre Produtos Importados) e o II (Imposto de Importação).
“O governo pode muito bem aumentar esses impostos”, apontou Périco.
O outro aspecto está relacionado à conscientização do consumidor, que deve estar atento às questões tais como nível da qualidade e assistência técnica local. Além disso, Périco destaca que ao comprar um eletroeletrônico importado, deixa-se de incentivar a geração de empregos no Amazonas para criar postos de trabalho em outros locais fora do país.

Aposta no mercado

Na contramão desse cenário, a Brastemp da Amazônia, subsidiária da Whilrpool, aposta cada vez mais no mercado do Norte e Nordeste do país. No mês de julho, a empresa lançou um microondas específico para atender uma necessidade dos consumidores dessas regiões: a descomplicação ao manusear o eletrodoméstico.
“Assim como o Nordeste, o mercado de microondas no Norte do país apresenta um grande potencial de crescimento, pois a penetração do equipamento nos lares ainda é pequena”, destacou a gerente de Marketing das áreas de tratamento de ar e microondas, Andréa Apponi.
Com a linha de fornos Erva Doce, a empresa pretende oferecer a facilidade do uso que o consumidor espera, com toda a funcionalidade encontradas nos microondas digitais. “Ele vem com cinco receitas pré-programadas em um painel de botões super fácil de usar”, comentou a gerente.
Por questões estratégicas, a empresa preferiu não revelar o volume produzido na planta de Manaus. Mas adianta, que os produtos hoje já não são mais considerados vilões da conta mensal de luz. “Os microondas fabricados hoje em dia consomem menos energia do que similares fabricados anos atrás. Além disso, por serem utilizados apenas por alguns minutos durante a semana, este equipamento apresenta um consumo de energia baixo em comparação com demais eletrodomésticos”, afirmou Apponi.
Segundo a gerente, a eficiência energética dos microondas faz com que o tempo de cozimento seja otimizado, além de permitir o aquecimento/preparo de porções fracionadas de alimentos, o que também traz economia às consumidoras.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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