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Produção de bicicletas tem melhor desempenho em outubro

Produção de bicicletas atinge seu melhor desempenho em outubro

A produção de bicicleta no PIM (Polo Industrial de Manaus) atinge seu melhor desempenho no ano e chega a 98 mil unidades em outubro. Mesmo com a dificuldade com os insumos e os cuidados com a saúde do colaborador no combate à Covid-19, empresas empregam esforço dobrado para atender demanda do mercado. A Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares) registro no período uma quantidade superior de 10,2% superior à setembro (89.209 unidades)

De janeiro a outubro, a produção chegou a 562.224 bicicletas, uma queda de 31,4% em relação ao mesmo período do ano passado (820.040 unidades). Já em outubro do ano passado, a entidade registrou 116.301 unidades produzidas pelas associadas.Segundo o vice-presidente do segmento de Bicicletas, Cyro Gazola, a falta de insumo é o principal gargalo do setor no atual cenário. 

“Estamos enfrentando falta de alguns componentes como sistemas de freios e de transmissões, por exemplo, que impossibilita dar conta da demanda”, explica.

Para Gazola, dificuldades obrigam entidade a revisar suas projeções para 2021, que antes da pandemia era de 987.000 unidades.A produção estimada para este ano é de 736.000 mil bicicletas, o que representa uma queda de 20% na comparação com o resultado de 2019 (919.924 unidades)

O gestor teme, que mesmo com a forte retomada das fábricas no processo produtivo acelerado, o setor não consiga alcançar as metas estabelecidas para o ano. Segundo ele, os fornecedores globais de componentes não têm conseguido atender aos pedidos de diferentes países. “Isso tem gerado dificuldade na montagem e, consequentemente, a falta de alguns modelos no mercado”, disse.

Apesar dos desafios, o executivo se mostra bastante otimista com os esforços das empresas associadas em manter o ritmo de produção para suprir a demanda do mercado que tem crescido bastante. “As empresas estão trabalhando duro, mas a normalização do abastecimento deverá acontecer apenas em meados de 2021”, finaliza. 

Segundo a economista Denise Kassam, o aumento da demanda já era esperado tendo em vista o crescimento de atividades econômicas como serviços de motoboy e delivery como oportunidade de trabalho e renda motivados pela pandemia. “O segmento de entregas foi o que mais cresceu nesse período de pandemia. Isso gerou uma busca por bicicletas e transportes de duas rodas devido a facilidade de locomoção. É bem natural que esse crescimento acabe impactando na indústria”, destacou.

Resultados por categoria

Os principais destaques em outubro foram as categorias Urbana/Lazer e Mountain Bike (MTB). A primeira foi a que registrou o maior aumento percentual, de 16,9%.  Foram produzidas 38.082 unidades ante 32.588 registradas em setembro.

Já a MTB alcançou o melhor resultado com a fabricação de 46.303 bicicletas. O volume é 6,3% maior na comparação com setembro (43.567 unidades) e 10,6% inferior ante as 51.818 produzidas em outubro do ano passado.

A MTB  foi a categorias mai produzidas no acumulado do ano, com 298.560 unidades e 53,1% de participação. Em segundo lugar, ficou a Urbana/Lazer (195.329 bicicletas e 34,7% de participação). Na sequência vieram, pela ordem, a Infantojuvenil (56.884 unidades e 10,1% de participação), Estrada (7.659 unidades e 1,4% de participação) e Elétrica (3.792 unidades e 0,7% de participação).

Distribuição por região

Em outubro, a região Sudeste foi a que mais recebeu bicicletas fabricadas no PIM. No total, foram 57.703 unidades, um aumento de 35% em relação setembro (42.754 unidades) e redução de 11,2% em relação a outubro de 2019 (64.960 bicicletas).

A região Sul recebeu 19.298 bicicletas. O volume corresponde a uma queda de 14,7% na comparação com setembro (22.613 unidades) e de 31,9% ante as 28.323 bicicletas registradas no mesmo mês do ano passado.

Na sequência veio a região Nordeste, com 13.676 bicicletas. Na comparação com setembro (15.130 unidades), houve retração de 9,6% e em relação a outubro do ano passado (14.544 bicicletas), a queda foi de 6%. Já Centro Oeste que recebeu 4.439 unidades, redução de 3,7% na comparação com setembro do presente ano (4.610 bicicletas) e de 24,7% em relação a outubro de 2019 (5.894 unidades).

A região Norte ficou com 3.214 bicicletas. O volume foi 21,6% menor em relação às 4.102 unidades registradas em setembro e 24,6% maior na comparação com outubro do ano passado (2.580 unidades). Essas posições foram mantidas no ranking do acumulado do ano. A região Sudeste recebeu 301.232 bicicletas, o que representa 53,6% do total distribuído. Na sequência, vieram as regiões Sul (109.456 unidades e 19,5% do volume total), Nordeste (87.275 unidades e 15,5%), Centro Oeste (36.251 e 6,4%) e Norte (28.010 e 5%).

Antonio Parente

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