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Primeira indústria de salga do pirarucu da América Latina inaugura hoje

A primeira indústria de salga de pirarucu manejado da América Latina, será inaugurada hoje pelo governo do Estado do Amazonas por meio da Sepror (Secretaria de Estado da Produção Rural), no município de Maraã (distante 634 km de Manaus). A construção é fruto de convênio com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) vinculado ao Ministério de Ciência e Tecnologia no valor de R$ 1,049 milhão.
A indústria terá capacidade de adquirir 5 toneladas diárias de peixe e até 200 toneladas por ano. A expectativa é criar 100 postos de trabalho diretos, em três turnos na alta safra. Na baixa temporada 30 funcionários manterão o funcionamento da fábrica, que também trabalhará com peixes lisos e de escama.
O pirarucu é um dos peixes mais famosos da região e conhecido como o “Bacalhau da Amazônia”. O peixe será totalmente aproveitado. Além da manta, parte nobre do peixe, o fígado e o coração serão transformados em patê, as escamas serão destinadas ao artesanato e a cabeça transformada na ensilada – um composto de alto valor protéico utilizado na produção de ração animal.
Para o secretário da produção rural, João Ferdinando Barreto, a escolha de Maraã deu-se pela proximidade com a Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, uma das oito áreas onde é permitida a pesca do pirarucu. “Através das boas práticas de manejo do pirarucu, podemos consolidar um pólo pesqueiro no interior do Estado sem prejudicar o meio ambiente”, ressaltou o titular da Sepror.
Atualmente, o pirarucu é comercializado em Maraã no valor de R$ 4 a R$ 5,50 o quilo. Após o processo de salga do peixe, poderá ser vendido ao preço de R$ 25 a R$ 40, agregando valor ao produto e gerando renda aos moradores da região.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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