Presidente se define republicano e democrata

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se definiu ontem como “republicano” e “democrata” quando questionado, na Suécia, se prefere estar entre reis ou sindicalistas.
Respondeu que se sente bem em todos os lugares, e acrescentou: “Quando eu deixar a Presidência, o meu mundo será o dos trabalhadores”.
A resposta foi dada após dia de pompa ao lado da monarquia sueca e encontro, rápido, com representantes do IF Metall, a federação sueca dos trabalhadores da indústria metalúrgica. Lula conhece alguns líderes sindicais suecos desde a década de 80. Ontem, fez vários elogios a eles.
Lula e a primeira-dama Marisa Letícia receberam os cumprimentos da princesa Victoria, herdeira do trono, ainda no aeroporto, pela manhã. Saíram de lá de carro, substituído no meio do caminho por carruagens reais, que deixaram Lula e Marisa no palácio usado pelo rei Carlos Gustavo 16 e pela rainha Sílvia para recepções oficiais.
Lula, o rei Carlos e o intérprete Sérgio Ferreira cruzaram a ponte Norrbro, decorada com bandeiras brasileiras e suecas, ao meio-dia (7h em Brasília). Marisa chegou logo depois, também em uma carruagem, ao lado da rainha. As duas conversaram em português -Sílvia passou a infância no Brasil e fala português.
A comitiva brasileira incluía, além de Lula, Marco Aurélio Garcia (assuntos internacionais), e os ministros Miguel Jorge (Desenvolvimento) e Celso Amorim (Relações Exteriores). Um grupo de brasileiros que moram na Suécia foi convidado a recepcionar Lula. Ele retribuiu a atenção -beijou, tirou foto e segurou criança no colo.